Hoje duas meninas me questionaram. . .
. . .qual era da minha Poesia.
Respondo agora, se a resposta inda tiver valia.
Um dia inimigos das Vidas me machucaram,
mas minh’alma deu cria à Lira,
nunca mais andarei desarmado!
Eu me saúdo poeteiro,
E escrevo enquanto boiadeiro,
mas escrevendo para libertar o gado;
Eu escrevo como cordeiro,
pois escrevo por ser obrigado.
Eu escrevo como uma criança tocando seu tambor,
como uma criança ninando uma criança inda menor,
como se minha armada de palavras pudesse curar o fel,
mas dedico cada sílaba, cada batida no couro do papel,
como se quem ouvisse fosse mesmo Nosso Senhor, no Céu.
Meio boiadeiro, meio gado, e obrigado.
Obrigado a tudo e todos aos montes,
quem são os motes pra aliviar minha dor forte.
Eu escrevo mesmo para mim mesmo, egoísta
mas ponho o mundo dentro deste realejo,
como qualquer verdadeiro artista.
Eu escrevo pois isto é o único que tenho.
Eu escrevo aquilo tudo que eu mesmo sou.
. . .m o r o u (?)