Senhora de sua poesia
Senhora de sua poesia

Senhora de sua poesia

Plenamente cheia,
repleta nova Lua,
de brilho, novamente
destacando-se na paisagem noturna.

E de novo a nova rua.
Na mesma cidade que cresce
se transforma e é a própria.
Com a qual desbravada
entre a marcha vadia de passos
solitariamente visando, calçados
alheio da miríade celeste, que invisíveis,
mas firmes no momento, indivisíveis,
mas inviáveis até para o poeta
que se esquece das estrelas
pelo satélite na fase cheia.

Porquê o céu está aberto,
mas está escuro,
porquê o beco e a encruzilhada,
e o canto da esquina é escura
mas o que me canta a luz da Lua
pede que jamais torne a Alvorada!
pede, sem fim seja a caminhada!

E faz-se este nunca conjurando um sempre;
— obrigado, musas e espíritos delinqüentes —
eternizo a cidadela com meus deuses do acaso
tecida a bela Lua neste relicário,
eterna & infinita neste instante;
Fácil: pode vir tudo sem amargura,
pode sim amanhecer o dia.
seja a cidade, senhora de sua própria poesia.

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