Por vestir as máscaras que as palavras vestem,
por sentir as texturas que as fadas tecem,
o traje do poeta são os trapos de palhaço da maior grife,
a tristeza do poeta é a tristeza mais triste,
sua busca é aquela que todo mundo desconhece, mas insiste.
O poeta, no picadeiro, é o palhaço mais escasso.
Quando forasteiro, é um gringo do pedaço.
Se pálido, brilha. Se negro é diva. Se vermelho, indispensável.
Da Terra quer ser o mais terráqueo dos terráqueos.
No entanto flutua, e decola, como viajante do espaço.
Mente para falar a verdade. Metaforiza a sinceridade.
Pinta a cidade, sem uma gota de tinta.
Dispensa a paisagem, para tu que é tão linda.
Minha musa das palavras, minha rima, minha lírica.
Eu e você seremos um dia apenas um. Mas aí será você quem assina
Gustavo Loureiro Conte