21/12/2012 – São Paulo
Hoje o mundo acabou mesmo pra mim, desnudo eu todo vestido, sóbrio eu todo breaco, um caco, um príncipe, um estilhaço raro do presente que com grandes amigos abraço. Elos não são laços. Hoje isto aprendi, que o amanhã temos que pisar descalços.
Somos um paradoxo idêntico uns aos outros,
no entanto nosso divino é uma partícula retráctil
mecânica inda que sinceramente provida de alma
desumana e desalmada inda que hipocritamente provida
da ânsia de morrer com a mesma calma;
nada poderá fazer quanto ao derradeiro fim do teu Mundo
e desesperados deveriam nos abraçar e nos agarrar uns aos outros
não temendo,
não pálidos,
mas vorazes por florescer e enfim dar trégua a tentativa patética
de compreender o infinito. E enfim tornar-se parte. Memento mori,
ou seja, abre a porta e a janela. E vem ver o Sol nascer.
Obrigado a todos nós por pisar no amanhã com os pés descalços.
.:G.C.