MANUAL DA TORMENTA
MANUAL DA TORMENTA

MANUAL DA TORMENTA

Para participar do curso desta nau,
seja alguém que já precisou
entre o copo de vinho
ou vinagre
tomar a decisão de que o saboroso
era o pior.

O ser humano difere da ameba
que dentre o doce e o amargo
sempre escolherá o açúcar.

Eita, um bicho que se lança
contra sua própria tormenta;
Responsável por cativar
esta sina, ainda,
com amor e inteligência!

A tormenta é matéria escura
mas na química dos sentidos etéreos
não é mistério que seja sombra da luz…

Pela lira do destino,
não importa se os acordes
são maiores ou menores,
menino! Simplesmente, variam!

Toda transformação para a luz
terá sua sombra correspondente
agindo e atuando âmbar
vez repele, vez atraente

A tormenta vem jorrar,
por vezes assustadora,
forçando o árido a irrigar
o incauto a agir
destrói, além do suficiente
mas quem diz o que é suficiente
quando o quesito é destruir?

Eis a sombra da luz
Eis que ela se afirma na escura tormenta
com seus raios seu clarão
é por isso que a noite morena tem a Lua
e ao final de cada açoite, morena, amanhece sim,
se meu coração crê, o poeta jura — então —

deixa a nuvem-negra pairar pela ordem natural dos encontros,
Que passe!
Acatar o ato do abacateiro pra depois recolher cada gomo de fruto,
amanhã será de manhã, e por aí vai,
meu irmão, minha irmã.

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