POESIAS PARA LIMPAR A BUNDA III
versão DELUXE TOILET MACHINA of Before
----------------------------------- por GUSTAVO L CONTE INFORMATICA me
-------------------------------------------- as novas são um lixo! https://gu.pro.br
--------------------------------------------- Cozinha boa é que tem panela velha!
---------------------------------------------------------------- xente, são seis mil versas
--------------------------------------------------------- pouca coisa pra tanta vida
--------------------------------------------------------------- muita tanta pra pouca gente!
Alface com aspartame
não há de me engordar
há de me causar um câncer
há de ser química, droga, e não alimentar
Se eles podem "marketing de guerrilha"
faremos "consumidores terroristas"
Se eles tem o terceiro poder,
não detém a palavra,
não atravessam a terceira margem,
não passam de uma miragem
de medo, agressão e discórdia
nação da esbórnia
Se a eles cabe a Ordem
dentro de nós, não se cabe
mais palavra de ordem.
Se repete disforme
para eles retilíneo Progresso
para mim, paralelepípedo de gesso
uma desgraça enorme e jovem
uma beleza descomunal e Sorte
Ó fortuna! Alface com espartame
não engorda.
By news at 09/13/2011 - 21:52
O Canto para todos os Cantos
De que vale pedras preciosas
em centenas acumular
se não há como e onde
tais jóias para o mundo ornar
basta um segundo, eu imagino;
sobre teus olhos, tão tão lindos
par de esmeraldas ostentando na fronte
beldade irradiada por este olhar
és semblante qual muito acredito
pois, para cada palavra nascida desta boca
de lábio astuto, de lábio vivo,
delicioso como tua pessoa...
Uma leoa, sempre pensando,
matutando antes de lançar o encanto
uma Rainha que eu serviria tanto;
Se tiveres frio, te cubro com meu manto.
Quando tiveres sede, te darei água,
mas nunca a lágrima do meu pranto
Pois em verdade esta moça
me faz feliz, e pronto.
(sinceramente não me espanto)
Eu canto é por todos os cantos
ó, rara íris dos anjos.
By news at 09/02/2011 - 13:30
A cruz Macabéicomanceba
A mercadofilosofia
o sacroconsumo
com aval do absolumonetarismo
e marchando câmbios flutuantes
rumo ao absurdo muhammad-pentecostalismo
ao impossível refratário abismo
de pilastras grecoromanas tudufudida
de neojudaicocristãonazicidas
é agora, rapaziada
é a agora que a poca porcaria podre
morde a língua, meu trava língua
minha rima é a minha vingança
minha justiça minha poesia
minha licença, minha carta branca
de branda demência
vai, meu povo, corre pra cima da carniça
façamos a hecatombe
baixo chucrutz, baixo jacó, baixo Macedo
É A HORA DO MACABÉICOMANCEBO
é a hora de Lili Marlene de Jesus
o povo do meu país já carregou é muita cruz
By news at 08/28/2011 - 19:14
Feito tal dádiva
Feito a lã que cobre
o meu coração pego
pego pelo cansaço
pelo furor ou pelo desprezo
Há lã que me cobre
com aconchego
que nos salva
Aline é pura feita da tal dádiva.
que a lã vem do novelo, essa linha,
mais fina que afina o existir;
pois tem em essência querida,
a paciência efetiva
a destreza criativa
para enfrentar e cuidar da vida.
para sempre resistir.
By news at 08/28/2011 - 18:49
SUPERTRUNFO DA PALAVRA
---------------------------------
Pára o tempo
não tento
me contento
inté lento
não lendo
não sento
não tem acento
sinto, até minto
mas se é mito
eu acrescento
By news at 08/28/2011 - 17:50
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são só castanhos
Karen se as palavras lhe faltarem
e junto o ponto desatinar-se
feito a história perdendo-se a veracidade
eu tonto feito criança
inda sentiria vera semelhança
da tua dança aflorando no palco
teu corpo solfejando em salto
tua expressão afinando mensagem
que compreenderia do texto, à margem.
O poeta finge, mas não é falso
já que tua busca fina
nos calça descalços
de calçados nus
fazendo jus
ao mero, repentino,
decidido e certeiro acaso.
Senhora do mais belo acaso!
Destes olhos que são só castanhos,
nesta forma onde tudo foi planejado;
acaso cuidadosamente realizado.
By news at 08/27/2011 - 06:04
Aos sedentos
Eu escrevo aos que tem sede
aos que precisam beber
eu escrevo para quem quiser devorar
meu esforço, minha paixão
eu escrevo pra quem é irmão.
Pela década que trilhei cantigas tolas,
percebo que a sede está no coração
de quem em geral prata tem pouca
pra quem em geral no mundo a voz é rouca
pra mulherada louca, louca
pro cabeçudo, pro bizarro
pra geral da geral
escreverei aos sedentos; não ao abastado
pois o abastado tem preguiça
de dividir o conhecimento alcançado
tem inveja
tem pressa
como se não estivessemos todos
escorrendo pelo mesmo ralo
By news at 08/26/2011 - 08:45
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n/a
Culpe o Frio
Humanidade.
Atravessamos séculos
esculpimos montanhas
erguemos prédios;
ou casas, para morarem Santas.
e lares, abrigos esdrúxulos
na morada de Deus, ou cujas mesas
donde, quando se come,
é o pão que nem o Diabo comeu.
vivemos por bares, morremos em túmulos
por vezes somos as presas
ou caçadores, ou só vagabundos.
Muitas vidas terão os homi para fazer jus ao próprio nome.
Já fui ateu, fariseu, judeu, já fui todo só meu.
Eu já fui ele, ela, Morfeu, Tadeu.
Posso ter sido qualquer coisa sempre
ou nunca nada neste mundo
mas me ocorre de repente
alguém que não fui,
nem num segundo,
certamente... aquela Emanuele.
Ela, que impele,
e linda se descabele,
talvez o poeta tagarele,
talvez pele com pele.
Não estou falando de reencarnação,
não estou falando de adivinhação,
muito menos de ciência,
sequer se necessita do coração.
É mais simples, paciência,
apenas o encontro das nossas mãos.
Eis que uma palma encontrou-se com a outra,
minha alma encaixou-se mouca;
nada mais enxergava além da tua
alva presença a competir com a Lua!
E diria, frente minha figura pouca,
que esperei e muito por este instante
qual se abriria um novo adiante
e a História seguiria seu rumo
Eu resolveria tudo!
Tudo de errado neste Mundo!
Pra ninguém sentir mais medo.
Pra ninguém sentir mais dor.
Pra ninguém sentir mais frio.
Pra que tua morada na Terra seja justa.
Acredite, ó doutor. Acredite, guri vadio.
Eu sei, também me assusta.
Mas de palavras erguerei um palácio humilde,
onde Deus e o Diabo morarão livres
onde as Santas não precisarão ser puras
um lar esdrúxulo, numa pacata rua
prometo estas palavras, menina,
estas palavras que serão só suas.
Uma União. Uma unidade.
By news at 08/23/2011 - 23:57
AnotherWorld
Quando se põe o Sol
e o céu acorda bemol
sustentando do melhor sustenido
cores de horizonte expandido
por esse escarlate vespertino
também são os cabelos, viva,
de Vivian, tão querida
sobrevem a tarde e sem alarde,
antes nunca me apareceu junto
aquela de fios negros como a noite
tecendo bela vereda contra o açoite
deste mundão que gira
da aurora que migra
pela labuta diária
guardadas também na palavra dedicada
após o cansaço do cotidiano
finalmente pude ver
os fios tecidos pelo poer soberano
e a textura escura da pela clara como a Lua
eu rio e envolvo em versos até corriqueiros
por presenciar o sobrevir da tarde
com o luar do nascer da noite, juntos
estes que jamais se encontram
enquanto passageiros do Mundo.
By news at 08/22/2011 - 05:12
Mademoiselle, and then BRETONES
lua branca, alta
menina pequenina, branca;
minha lua da noite,
à nossa alva, se canta!
que a calar só o açoite
que minha
que minha será a lua esta noite...
By news at 08/17/2011 - 00:49
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O ridículo coração da perfeição.
Você é bonita e eu gosto de você.
Eu gosto de muitas coisas
gente, bicho, do mundo inteiro;
e no mundo, tem muita coisa bonita --
tão bonita que às vezes até triste
-- mas você é bonita, e eu gosto de você.
não é nem porque você é toda tão bonita;
mas eu gosto tanto de você,
que você faz eu bonito;
tão bonito que até triste --
não triste que eu goste tão bonito
de você, claro. -- Pra mim tô nem aí.
você é bonita e eu gosto de você.
By news at 08/13/2011 - 13:20
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Haíra
Haíra, você sabia?
Que nos passos da tua trilha,
nasce e raia o dia.
Bem que o poeta gostaria
transformar o primeiro brilho d'aurora
numa única menina;
dizer que a luz da moça
lembra um amanhecer fino
seria a paz de um sábado
mas como vibrando um hino
radiante, marcha deusa-Sol do Egito
e acalenta, sorriso de criança matutino.
Eu, apenas um menino.
Meio que ainda digo
que sob teu cabelo lindo
há a pele, a neve, branca
tão branca, que assino.
Em verdade, é você que assina
sempre, carregando no nome
o alvorecer e tudo mais, consigo.
By news at 08/12/2011 - 00:36
TOTALIRISMO
Por vestir as máscaras que as palavras vestem,
por sentir as texturas que as fadas tecem,
o traje do poeta são os trapos de palhaço da maior grife,
a tristeza do poeta é a tristeza mais triste,
sua busca é aquela que todo mundo desconhece, mas insiste.
O poeta, no picadeiro, é o palhaço mais escasso.
Quando forasteiro, é um gringo do pedaço.
Se pálido, brilha. Se negro é diva. Se vermelho, indispensável.
Da Terra quer ser o mais terráqueo dos terráqueos.
No entanto flutua, e decola, como viajante do espaço.
Mente para falar a verdadetaforiza a sinceridade.
Pinta a cidade, sem uma gota de tinta.
Dispensa a paisagem, para tu que é tão linda.
Minha musa das palavras, minha rima, minha lírica.
Eu e você seremos um dia apenas um. Mas aí será você quem assina
By news at 08/08/2011 - 23:48
Paciência reta
Gabriela, diria dela,
sendo bela, pois,
da forma mais singela
o que se espera?
palavra séria?
frente ao sorriso
que amanhece nessa fronte
nos revela, barco a vela
(navegante do espírito)
vejo no brilho da janela,
um montão de tudo aos montes;
um punhado de tolice,
mas nada de balela!
carrega consigo,
uma quase tola certeza
de que a vida é feita do encontro
da conquista, com a espera
Quem me dera.
By news at 08/05/2011 - 15:16
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It's by Woody Guthrie ... straight to the heart
By news at 08/05/2011 - 10:20
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Poema sem Metáfora
Se flor.. . Qual flor?
Que fruta seria?
Qual cor, luz do dia?
Se fera, feroz e ferida,
Sendo ela, uma voz, melodia.
Com que som, soa teu tom
e sendo própria poesia
com que rima,
com quais palavras,
o artista te retrataria?
O forasteiro viajaria
O poeta pintaria o sete,
arteiro num sketch da vida,
não há metáfora que definiria
o princípio de tudo
onde o todo terminaria
não há bicho, não há nota,
não há fauna e não há flora
não é páreo a tempestade
quando Alpha chora
não há coisa mais linda na cidade
se o sorriso dela nos aurora
morena, menina, na Lua ela mora
e brinca alva com as palavras
amanhecendo signos e significados
anoitece e surgem estrelas, um recado
que ela é o eclipse do alvorecer
do entardecer do anoitecer
cirandeando lado-a-lado.
Me sinto lisonjeado.
By news at 08/05/2011 - 03:53
Que se Daniela-se
Ela é uma princesa
que conquista o direito de ser Rainha
com suas garras, suas garras de felina.
Ela é uma deusa
que conquista o direito de ser física
pelos punhos, punho que tudo descomplica.
Ela é ela mesma.
Daniela, seja.
Que essas pernas são como asas
nunca se esqueça.
Toda dourada, medalha de ouro,
amarelina, amaralina, amar a linda
como não de cara,
repentinamente,
amar esta menina.
By news at 08/05/2011 - 03:47
LEIA, Ó
os olhos nos olhos
dos olhos dos meus olhos
refletindo, oiando
meus olhos no espelho
mira imagem,
miragem,
tal crítica do velho do restelo,
do vazio cercando o novo;
do reflexo dos meus olhos
neste espelho.
A imagem não existe.
Só meus olhos permitem
algo o reflexo sê-lo.
(pois preciso vê-lo --
esse outro que sou eu. )
é preciso Sê-lo
imprecisos somos
infinitas somas
que efêmeras soam
cada canto de cada um
todos juntos
não é miragem,
é o que vale
tocando fora do espelho
aos olhos velhos
do novo que já veio.
By news at 08/01/2011 - 10:35
Cometa Frate
Há algo novo
debaixo do mesmo Sol de fogo
Pois sigo, locomovo,
e descalço, regra do jogo
pois o contato há de ser
essencialmente
direto, perto, todo certo.
Estarei falando do céu,
de um sabor de mel,
da destreza felina,
de olhares de pantera,
de risada de bichana
e da multidão que canta
quando abre-se a cortina,
e surge Fernanda --
que encanta, me encanta.
Estarei também falando da Terra,
da nossa casa, do nosso chão
dessa Terra que é de todos
não é dos homi não.
E eu, sempre avoado
eu nunca quis tanto
pisar o pé no chão.
Pois nessa imensidão
onde tudo se move
e tudo muda
ocorre uma nova configuração
estamos em outra condição
as estrelas estão diferentes
e no meu semblante contente
deduziria que pulsa, d'outra forma
meu próprio coração
Me perdi numa juba de pantera
seja lá isso o que for
caótica como a beleza dela
é fera, e as feras tem o melhor amor
tanto é que o cometa passou
na hora exata, e certa,
me deu carona direta
me deu palavra tão reta
que quase fiquei sem palavras
são apenas palavras pequenas
para pincelar a descrição de um cometa
para degustar de um brilhinho de estrela
enfim, para uma pequena,
extraordinária moça,
que só pode ser mesmo,
mágica.
By news at 07/29/2011 - 19:30
Codinome Alvorada
Clairy, claro que é clara
repentinamente rara
apelido de uma boa alvorada
versão que vi certa vez
nevando na balada
e a luz ensolarada e lisa,
escorrendo pela pele pálida
claro que é clara,
Clairy dos olhos d'água,
também apelido d'alvorada.
By news at 07/17/2011 - 05:00
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Oratório
Não, não queira ser governador
não espalhe mais ainda essa dor
eu sei orar, sou orador
sou poeta
e um mortal cantor
não, não queria mais ser governador
sou magoado, sou programador
não estou do seu lado
não lhe tenho perdão ou amor
teu dinheiro, sujo
não lhe salvará da verdade quando eu surjo
Prend garde toi. Já aprendi a voar.
By news at 07/15/2011 - 18:37
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Pretérito, Mais-que-Perfeito
Não há coisa alguma nesta fotografia.
Não, não é coisa, eu logo diria
Criatura, seria, sendo obra mais prima do criador.
Mais que perfeita, dos Andes ao Arpoador
Felicidade estreita, que carrega até uma dor.
Traz a beleza da tristeza de uma mulher
maior que o próprio amor.
Que merece mais que um samba,
mais que um bamba,
seja o que vier, que cuide da minha flor.
By news at 07/15/2011 - 18:06
Dupla Obra Prima
Poesia minha que é sua,
rima que mira a pura
a única e singela certeza
de que o belo
vai além da própria beleza
Vocês, vocês duas
dupla de duas
o horizonte da noite
nesses cabelos negros,
e a prata da lua,
nesta pele onde brilha
uma manhã nua
uma morena, dos olhos
de esmeraldina-jabuticaba;
de mel, de fel, de gata...
outra o Sol estilizado
em forma de menina
é o dia raiado em cores
em contornos
perfeitamente traçados.
Enfim, o Sol, caro mestre,
devo lhe desafiar
o Sol pode viver
perto da Lua
as estrelas são primas
são irmãs
e fazem parceria pura
com minha vontade de conquistar
e agradecer
os criadores destas criaturas.
By news at 07/15/2011 - 04:47
Olhar felino, coração, loba
Lígia eu sei
que teu torniquete
serve de repente
para nada, para ninguém
você não serve a ninguém
assim como meus versos
não servem para nada
Você é senhora
da noite, da estrada
assino que teu caminho
não é trilha, é jornada
Jamais estará desfalcada
pois tem a companhia
das fadas. . .
Enfim morena,
Senhora da alvorada,
ganharia o Mundo
não fosse humilde e sensata.
By news at 07/15/2011 - 04:33
Pare o Mundo que eu quero Viver
Ana não se chama Ana
se conjura Ana
é magia, brilha, encanta
Ana se conjuga
algo que a gramática
não canta
algo que as regras
não versam
algo que como certas serestas
em festa o povo clama
Sim, o povo pede mais Anas no mundo!
O mundo, precisa, no fundo
parar e te mirar um só segundo.
By news at 07/15/2011 - 04:28
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Mandamal
Mandarins escrevem poesias gigantes
para seres minúsculos!
Péssimos poetas são ótimos
para retratar os grandiosos
mucho facil.
bons poetas retratam o lixo
a escusa da sociedade,
a dor e a maldade
o fogo que fere e arde
a imensidão, muitos ares...
Já o poeta estonteante
(se é que isto existe)
pincela o simples,
em investidas claras
não trabalha às escuras
não lapida uma jóia rara
encontra no tosco, preciosidade
encontra o fosco, no brilho, no clarão
é capaz de deparar-se com a verdade nua
e se tamanha for sua complexidade
atirar toda a bacia na rua
pode ser que apele para a Lua
pode ser que a rima seja pobre
mas uma coisa, que garanto, espectadores
é que o poeta sofre.
Vai Corinthians! Devolvam-me meu espectorante,
pois não posso mais seguir adiante.
Estou farto de ralar o cérebro
e como menestrel, bobo da corte
permanecer coadjuvante
quiçá, eterno infante.
Eu, lixo infame.
Apetrecho de se dizer que se ame
garatuja dita cuja donde pulsa sangue
criatura nua, em palavras, desinteressante.
By news at 07/13/2011 - 02:57
nao sei dançar
mas marieta,
pra ela nunca foi
e nao sera treta,
fazer rima bela
pra moça singela.
veio talvez doutra cidade
certeza de outro planeta
marieta tem a poeira do cosmos
debaixo dos cílios
em seu olhar
de quebra, além das estrelas
traz o oceano no nome
é mar!
Imagino que saiba nadar?
que saiba voar?
mas só numa dança talvez ela queira
tudo isso um dia ensinar.
By news at 07/13/2011 - 00:23
As veiz, vai quê!
Pode ser que aconteça
d'eu murrê jovem
às veiz
pode ser que eu mereça
uma dura morte
pode ser que eu quebre
a trégua que fiz com os lorde
uma vã tola morte
matada, murrida,
comprada, vendida.
pode ser que eu quebre
a trégua que fiz da peleja cos Homi.
Pode ser que aconteça
d'eu murrê jovem
às veiz. Vai quê!
E se der de acontecer,
eu peço humilde de bom grado
que todos dêem um enorme trago
dos sonhos com que retornarei à vida
minhas palavra
minhas asa
vocês, meus amigo, meus inimigo
são a beleza de um mundo tão
eu abraço e não largo meu mundão
ê correnteza do céu, Destino, contradição
me traga de volta nas palavra abestalhada
como uma onda que sabe que vai mais fica
não fica mas vorta
como um pássaro que migra
e como Jim Morrisson
cruzarei a porta
gozando
By news at 07/12/2011 - 03:11
PLus
Fer, pra você posso ser
qualquer coisa que precisar contar
só não me impeça de te cntar
só não fiquemos demais
sem respirar o mesmo ar
Você também é mais
vai além das imagens normais
nesse filme que não por acaso,
mas com certeza por sorte,
nessas cenas que protagonizamos
prontamente e sem recortes
obrigado pela parceria pelo mundo
obrigado por cirandearmos juntos
By news at 07/12/2011 - 02:15
As palavra que fez Fer
Fer, pra você de uma rima minha
pertencer, nem preciso
refrescar minha memória
inventar história
não preciso do Sol, nem da lua,
não quero as estrelas por cima da rua,
é tudo feito de saudade e admiração sua,
é tudo um trago de tua bondade nua
me faz um mago quando vejo
essa malícia, toda tão pura...
enfim não há nada que precise além de você
para a poesia que é fer, em palavras florescer.
By news at 07/12/2011 - 01:01
Seu despertar desperta os outros
Tu és a prova,
camarada,
que Deus não miguela
a alvorada
que o Sol esquentará
a todos por aqui
e tu, da escuridão
e da morte escapaste!
Eu não o conheço
por inteiro
mas garanto a todos;
és guerreiro.
simpático, és faceiro
atraiu a atenção do poeteiro
faz lembrar que a vida
é o Mar
e nossa alma
é o veleiro!
By news at 07/10/2011 - 11:49
Acusação?
Carolina, a tristeza do samba
se reflete em tua iris de esmeralda
na beleza de tua face alva
Carolina, a firmeza do bamba
se hasteia no teu estandarte alto
altaneira beleza da tristeza do bamba,
que faz o estandarte firme, que faz a iris
que reflete um lago, uma face, um crime simples.
By news at 07/09/2011 - 09:40
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Relíquia II
Gentileza é a melhor
beleza que existe
você, você eu vejo que insiste
em ser bela, esperta
inteligente, toda certa
toda sua, essa tal rima
es canção
essa verdade que aqui o poeta
assina.
By news at 07/09/2011 - 08:42
reliquia
carolina tanta rima
poderia lhe fazer
tens o cabelo refletindo amarelina
tens a luz do sol
e a cor do céu no seu olhar
tem o luar na cor da pele
doce feito mel
eu desconheço, em verdade,
esta criatura
mas do universo és preciosa criação
um tesouro, logo à vista, pela vez primeira
desde o começo, do começo da canção!
By news at 07/09/2011 - 00:05
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Bandiera Moça
Avanti o poppolo
alla riscossa
que bela moça
que bela moça
Avanti o poppolo
eu lavo a louça
terei responsa
vou triunfar
Ah, essa moça quero hastear
há! que beleza eu devo cantar
se a beleza do mundo calar
hasteio o estandarte de Maíra, já!
By news at 07/07/2011 - 21:47
Prisão Justa
No Brasil, meu camarada
no Brasil não há extradição!
Você, que comete esse crime
de ser tanto tão
um tanto quanto gringo
mas pouco americano
um pouco quanto menino
mas cabra, homi, eu digo!
Esteje preso, esteje ileso
esteje aqui cuidado
por um bando de adoidado
aqui, minha terra,
te ofereço como casa
não deixaremos que vá embora
fique aqui forevis
e curta mais uma aurora.
By news at 07/07/2011 - 21:41
Mas é claro
Fala, fala, Clara
divide essa beleza rara
eu, que andei pelas estrada
nada mais meu coração dispara,
e embala,
que quando ocê fala, Clara!
By news at 07/07/2011 - 21:12
Garota 2.0
Beatriz, só por um triz
que o céu não é de anis
o horizonte é sim anil
e as estrelas do firmamento
quando bela Bia veio ao mundo
tudo tudo certamente sorriu.
Por isso emana, lá do fundo
para todos o contento bão
de contigo, estar junto.
Digo breve, mas digo mais,
que para nascer essa canção,
não se delonga nem um segundo.
By news at 07/07/2011 - 15:07
simples assim
Fabiana, não se chama,
ocê não se engana!
Pela Fabi se clama,
o povo conclama,
sua doce insinuação, dama
eu perdido,
nas veredas desta vida,
encontrei mais uma fada amiga
que é chama de inspiração.
Em verdade,
desconheço seus passos,
o rastro do teu cometa,
e tudo que ela comete,
mas sei que faz facilmente,
pois ao singelo arremete
como a simples beleza do Sol que nasce
coisa que se repete e se repete
como a simples beleza do Sol se pondo
e tudo isto prevalece, prevalece.
By news at 07/06/2011 - 23:34
Nada mais que o normal
Sem certas crises
sem sérias crisinhas
sem as causas, das coisas
sem coisas baratas
quisera que Cris
causasse na minha estrada
calhasse de crescer
uma jornada
e como toda boa trilha
teria crisinhas, enormes crisões,
mas Cristiane, com sua beleza,
conclama os foliões
nem é carnaval
não há casal
só uma flor de cristal
não tem causa nem é casual
enfim para mim, Cris,
ser bela, nada mais que o normal.
By news at 07/06/2011 - 23:30
tunel do tempo
bem vindo ao tunel do tempo
onde tudo pode acontecer
pois tudo há de ter acontecido
se o viajante quisesse
tunel do tempo de tão impossível
passível de vivência insana
tunel do tempo estonteante amigo
tontura entorpecida hermana
não busquem a volta dos que não foram
não chorem a morte da bezerra
que só se corre para tirar a mãe da forca
se do futuro depender a responsa
a natureza se repete na beleza das cores e flores
mas não tolera o retorno ao sonho
se sonha para o futuro
não se sonha para o passado
abaixo ao tunel do tempo
abaixo ao tunel do tempo
By news at 07/06/2011 - 04:31
SAVE OUR SOULS
Hey, Mr. European
Mr. Dudley
and Bruce Springsteen
This is a distress call
right here from the Main Hall
We need backup
we need air support
We request more artillery
'cause we here lack the notion
of our own land's preciosity
teach us how to do it
tell us how you did it
Mr. European
Mr. Dudley
and Bruce Springsteen
We need backup
We need air support
'cause we here lack the notion
but I have a lotion
a true potion of poetry
Just need to write down the ingredients
on the bottom of the round bottle
so teach us how to do it
please tell us how you did it.
By news at 07/02/2011 - 11:47
Luz Direta
Malu, não faço jus
não sou poco cabra
mas não sou alado
é que ao lado do teu tum
do teu tamtam
do pulsar do teu poder de criação
por viabilizar, inclusive, esta canção
Malu, entre eu e tu, um equinócio
a olho nu, eclipse, me ofusco,
e tchau ao ócio.
By news at 07/02/2011 - 10:33
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Polenta Frita
Na minha quebrada,
quando não tem comida,
pouca gente fica aflita!
O povo rompe na rima
pelo que falta até se grita!
O tambor bate,
entra batucada amiga!
Pois pra animar não falta graça
fazia fácil uma polenta frita.
By news at 07/02/2011 - 10:30
Plurialvorada
Quem é o arco?
Quem é a flecha?
Amanda mira o rastro
a trilha da tua dada brecha
Amanda é multicolorida
ternura traçada nas mechas
é muita amada, certeza;
mas agora não posso falar de nada
de nada além de sua beleza
só estou certo, não ser multifacetada
apesar do horizonte dos teus olhos
carregar esta linda plurialvorada.
By news at 07/02/2011 - 10:27
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O branco da brancura dela
Ela seria música
se a rubrica de ruiva doirada
não fosse tão lúdica alvorada
ela seria teatro,
se o fotografado por minha retina,
não fosse retrato, brilhante,
uma rima,
rima nobre do lírico com o riso,
do místico com o físico,
do típico com o esquizo.
uma rima bela
do belo que jaz nela
Ai, o branco da brancura dela
é uma folha de história incompleta
donde obrigo minha pena, de fronte,
a coroar-lhe de palavras repletas, aos montes.
By news at 07/02/2011 - 10:24
Repente de Ré
Eu não perco mais um segundo
com a imbecilidade
Eu não sou turista
turista da cidade
De repente que fizeram meu repente
se tornar uma navalha
De repente que fizeram as palavras
amarrarem uma mortalha
De repente que tua grandeza
tua grandeza me fez enxergar
que tua realeza, ó aristocracia
tua realeza não é de nada
By news at 07/02/2011 - 10:21
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Fernandinhos
estou cansado de se cansar de estar cansado de ser humano. eu quero é ser O MANO! Mano, já falei pra você, sê, homi.
Que bem que se tem se não se é e não se sê. Ai se eu sessê, seria eu, não seria você; ela, bela, a vida -- mas o belo que quero hei de ter que lutar para tê-lo em vida.
By news at 06/30/2011 - 15:29
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ASAP 2
ASAP 2 (Para Daniella Fernandes)
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saber como é
eu não sei, só
posso degustar do sabor
quiça ter para si
eu nemi, ó
mas é o ó
se for só para saber cumé.
mas passa.
Não tem remédio,
por não ser doença,
por isso passa,
passa mais rápido que tédio.
By news at 06/27/2011 - 20:20
Viver é necessário, navegar é precisão
Acho que ela não tem
Talvez tenha,
mas nunca deve usar...
Diga que se não fizer
poema pra ela
nunca mais a poderei
poetar
Diga que deve ser agora ou nunca
diga que o Mundo é uma espelunca
...não vamos mais nos encontrar...
Só posso mandar recado, carta ou beijo
se souber seu endereço, seu lugar
mas ela muda de cidade
com aquela aleatoriedade
que muitos terão que passar
eu brinco com as cartas da fortuna
e juro em nome do destino
que ainda a verei passando na rua
eu prometo e prometo de pé junto
e pela mesma razão que acerto
ela me nega o beijo de perto
a vida dobra a esquina
e agora restou, essa rima.
By news at 06/27/2011 - 20:04
ambiguidade (sem pegar pesado)
tamanha falta de criatividade
vestir-se como o sol desta cidade
trazer a luz portando na feição
bailando os cabelos
brisando falta de consideração
realmente, venta desacato, contravenção
brilho, clarão,
porém fora de jurisdição
já que o sol mora no céu
e do mel dos olhos seus
verdeiam aguas que espelham a lua
e a lua, que mora na rua
prateia prateia na pele tua.
By news at 06/25/2011 - 14:07
Dama de Gelo
Das andanças pelo sertão
pelo cerrado pela mata
pelas montanhas de prata
foi no alto, em ventania,
no cume, uma guria
uma rainha fria
gélida, acalentou minha jornada.
A dama de gelo,
paralisava o desejo
agitava as cortinas
da janela de nossa alma.
A dama de gelo,
afagava os cabelos
os cabelos do destino
que cruel, em seu desígnio
com a moça que fria sorria
sorria destemida
contra os infortúnios da vida
Como aprendi,
como aprendi tanto
com essa dama que agora canto
e aprenderei mais
e a escoltarei tenaz
pois sua postura firme
amolece a dureza, nos redime
nos admira nos inpira
dama de gelo,
a ti dedico esta rima.
By news at 06/21/2011 - 23:01
Cacos de Prisma
Samba com lexotan cheirado,
bolha de sonho gaseificado,
lúdico som alado!
Wady é de paz maquinado,
disso, armado até os dentes
e tresloucado de sanidade contente,
a tristeza fica bela e diferente
Wady é cabra de toda a gente!
Marinheira Mari, ri
Mari, ri! Mera garrafa com mensagem
pra contar somente a ti...
que és marinheira, Mari então mareia!
o mar mora no seu nome
essa sereia já não pode
mirar somente areia...
Mari, ri! Se de deserto
cercar teus paradeiros
e miragens mirongueiras
machucarem teu anseio;
pode contar com um pássaro faceiro
uma carona, um devaneio
uma ilusão concreta certa
que reflita o teu pendão;
Eu aqui mesmo,
eu aqui faço questão,
de abrir meu coração
pela tua qualquer meta
És esperta, não precisa de conselhos
não precisa de ponteiros
não precisa de perdão
És feiticeira, não precisa de magia
não precisa liturgia,
o Mar mora no seu nome,
navegará com maestria.
Como princesa, perdeu-se do seu lar,
uma deusa condenada a se mortalizar...
Como criança, sem um colo pra ninar --
marinheira sem o Mar, Mariana, não vou deixar!
Eu te carrego, te entrego de volta às margens
donde possa desbravar, conquistar como Rainha,
ali, as águas que moram no seu nome;
Mari, ri, Mari-Mari...
Se duvidar, faço escambo que espelha
eu reflito ocê mesma
em troca de te poder mirar
Se adiantar, faço encanto que a mareia
eu respiro tua beleza
em troca poderá voar.
Hasteia inteira, ergue logo essa beldade
que falta nessa cidade
uma assim, toda faceira
e sempre meiga
sempre Mari, sereia
eu suplico infinita e meia
nessa mensagem na garrafa
embarcada para ti.....
By news at 06/14/2011 - 14:45
Pé direito
Não acho que acordei mais cedo que o Mundo.
Certamente o Sol atrasou-se.
Claramente nesta mente já raiou aurora
já brotou minha manhã
no entanto tudo se cala
tudo está frio e quieto
pacificamente dormindo, a princípio.
Tudo tudo, tão prestes a despertar,
enquanto os negros anjos da noite fria
hibernarão pela eternidade do dia
Sou obrigado a ligar o candeeiro elétrico
incomodar um pouco, sério
alguém. um micróbio. uma lagartixa na parede.
acabo impondo aos outros minha falta de necessidade de descansar mais.
Quero rugir, quero rir, tenho talvez febre, troquei gato por lebre
a noite pelo dia, a paz pelo alerta geral, constante perda de saliva
de energia, de absorção da luz, para incandear, para emitir, para sonhar mais.
Para vocês.
Troco a saúde pelo alaúde, sei com ele não poder ganhar meu pão
mas sem meu desafino eu desatino e realmente perco o chão
preciso ser livre, preciso ser como meus mestres são
serei incansável, abominável, será uma perdição
não temo mais fracassar enquanto micróbio.
Nada me incomoda. Estou anestesiado das frescuras óbvias.
Repito da ciranda, das estrelas, do amor posto à mesa.
E como estou aqui de passagem, seguirei minha viagem,
como bardo tosco e torto, peregrino, albino, corisco para o diabo
cadê a porra do diabo? Será que até mesmo ele desistiu?
Essa merda de fim do mundo vai nos matar de tédio.
Vem logo, Sol amigo, quero passar pra próxima leoa do dia
Vem logo, Sol amigo, pois farei algo melhor contigo.
E se hoje for o dia que Deus recusará a luz aos mortais,
pelo menos tenho ainda trocados para uma bela média na padaria.
By news at 06/14/2011 - 06:06
QUARTETO FANTÁSTICO
Por quê bom mesmo é de QUATRO!
Seguem quatro poesias para pessoas queridas, Ana, Dani, Ed e Fábio, respectivamente...
Apóstola Ana Paula
Ela não é uma daquelas pessoas que sacam garatujas da cartola.
Ela é aquela pessoa que saca garatujas de quaisquer cartolas.
Não faz como esmola.
Não faz por querer.
Não faz sem saber.
Não faz pelo não.
Faz pelo sim, então.
Destaca-se, jasmim no meio do deserto,
e flui, serena, como a brisa o é decerto.
Seu trabalho, nos manter despertos.
Nos manter entretidos.
Manters uns aos outros, perto.
A ESCRITA OPORTUNA É SER A MUSA DE SI MESMA
Dani! Dani! Alô?
Eu preciso urgentemente
que você escreva a estória da minha vida!
Tem que ser você, querida.
Você tem o argumento, para que eu só respire contento.
Você criará a versão final,
na qual serei meu próprio protagonista!
Se porco, saberás me fazer chauvinista.
SE do povo, me farás iluminista!
Entrego a ti minha fortuna, meu rumo e destino;
ao estilo prumo desta musa de si mesma,
de escrita oportuna, eu insisto.
ED: Se chorar, não ganha mais
Desbaratinaria, destituiria,
o mais destro dos canhotos,
o mais sinistro dos desgostos,
o mais reto dos tortos.
Desparadigma, déspota democrático,
despe-se Calígula, porta-se Socrático.
sonha em estilhaços
todas as peças do quebra-cabeça infinito,
nada estático,
toda a beleza deste mundo trágico.
MAREIA O MALEAR
Firme, no malear do que tende ao analítico, e crítico, porque não,
geopolítico?
EU SEI PORQUE NÃO GEOPOLÍTICO!
Pois não perderia tempo analisando,
crítico, as decisões de líderes míticos.
Prefere fluir com seu jeito típico,
aquilo que se decidido por nós,
nunca nos tiraria a voz.
É, faltam Fabios, em todas as águas
de todos os rios, desde a foz.
Mareando o malear, com mágica tática.
Mareando o malear, com mágica tática.
By news at 06/14/2011 - 01:00
Isso não é uma cantiga de amor
Olha bem, isso não é uma cantiga de amor
pois eu te amo, eu já disse, e isso é óbvio
Veja também, isso não é um relato válido
não tem cientificidade, historicidade, é ilógico
E antes que me esqueça, me perca no limbo,
das minhas palavras digressivas e refratárias,
digo, com todas as forças do meu mundinho:
Fê, certamente isso aqui não é um cachimbo.
By news at 06/12/2011 - 17:12
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n/a
penny lane
Fernanda é uma nanda tanta,
uma banda, uma ciranda,
tanto encanta,
nos faz desvendar a manta,
o véu que cobre a beleza da estampa --
do desenho puro de mel, da verdade escondida no céu;
esta a natureza só nos ofereceu,
foi para adocicar a dança.
E tanta, tanta, que a saudade já me cantava,
um lamento, uma esperança.
Combinamos muito, certamente,
mas se marcarmos de repente,
é um desencontro infame,
mas se deixarmos fluir a vida
nada por acaso ela surge à vista.
Serenamente, é branca, como um dia branco, de Sol brando
até ao parque me lanço, descanso, sorrio feito criança
ela sorri feito criança, de sonho realizado, um sonho brando
um sonho branco, um sonho singelo de muito esmero,
que o poeta se torna belo ao realizá-lo com confiança.
Eu quero! Repetir essa bonança, e espero,
realizar sempre, tuas vontades brandas, moça branca,
a única e mais bela neve que já vi, doce, castanha, me amansa.
By news at 06/12/2011 - 06:26
Uma única praça, meu bem
Eu não quero ir a uma praça.
Eu quero ir à praça.
Se fosse rezar seria nessa única igreja
Se fosse azarar seria em volta da mesma
Acontecesse de pegar um ônibus
queria ver canavial, café, uma reta só
um horizonte que fosse trilho infinito
pra matutar, sobre o futuro, o passado
rodando pelo estradão presente
e se fosse para tomar pito
que todos saibam o quanto fui delinqüente
e se fosse para ser amado
que como todos eu fosse uma pessoa decente
eu não quero ser alguém, de pedigree
como as dondocas da metrópole que aqui vi
mas certamente preciso voltar a ser alguém
eu quero voltar a ser o sobrinho de fulana
o filho de não sei quem
que meu amigo tenha um apelido
mas um sobrenome que também sei
isso nos faria muito
muito bem
By news at 06/11/2011 - 14:07
Eu te amo, PORRA
Já lhe ocorreu que somos todos, mesmo todos juntos, um grão -- e que o Universo nos esmagará como uma pulga, se infantilmente nos recusarmos a aceitar esta condição?
Já lhe ocorreu que somos todos, mesmo todos juntos, um grão -- e que só peço amar a luta, de bravamente nos reconciliarmos tratando-se como irmãos?
By news at 06/11/2011 - 06:33
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Meio ansioso pra sempre
Eu queria
que chegasse logo o dia
em que pudesse só escrever de amor
só falar poesia
cheia de magia, maestria, sem dor
Eu gostaria
que chegasse logo o dia
o dia que não fosse mais necessário
ensinar o tosco a não ser ordinário
Como bom seria
só pincelar as qualidades ilustres
das mulheres estonteantes
de homens que são gigantes
Mas só posso é me manter ansioso
já que o mundo é enfim, horroso
um dia o samba não precisará mais de dor
para ser belo, para ser lindo, meu senhor.
By news at 06/11/2011 - 06:22
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Elitismo, meu cú
Gislane, Franciscos
Jurema, Josés
Marias quaisquer
João ou Mané
Eu quero que juntos
e pego no pé
permitam que sejam
si mesmos sem Sé
sem ordem maior
sem dívida om Deus
que respondam assim
apenas pelos seus
que possam parir
o que bem entender
com tempo de sobra
pra dar e vender
criar e sorrir
amar e temer
que o medo os proteja
e a coragem fortaleça
que possam criar
e antes que me esqueça
que possam jurar
em sua defesa
E vão entoar
um canto-certeza
ciranda maior
que anula a nobreza
que a rua é de nós
que a Lua é de todos
ah, homem-de-bem,
tua figura,
tua prata e leis
te protegem, meus Reis
um dia chegará nossa vez.
"Você sabe com quem está falando?"
ó podre 'cidadão'
Estás é falando, com teu próprio irmão.
By news at 06/11/2011 - 06:15
Karen Knor
O doutor da etmologia
que estraga qualquer magia
fracassou na empreitada
de poluir a enseada
Não tornou turvas as águas
do fluir desta pessoa sábia
que purifica a jornada
de tantos, amarrados na encruzilhada.
Eu refuto o significado
que este nome é diminuto
é um nome de Rainha
ou Czarina, diria astuto
talvez um tempero famoso
a ser salpicado com gosto
o ordinário quando inteligente
deixa o mais chato contente
deixa o mais plano, profundo
desamarra o difuso, o confuso
com agilidade, tipo um segundo
facilmente, tipo prodígio
esquivando do insidio
ai se fossem todos no mundo
a curar, verdadeiros, oriundos:
populo minha utopia barata
de pessoas como ela, inata
em transformar o moriem príncipe
a ratazana em uma aristogata
tudo na medida do possível
tudo no caminho do plausível
Karen, como admiro tua habilidade
tua constante vitória sobre a mediocridade.
By news at 06/11/2011 - 05:52
Bocejo
Como pode ser solfejo
tão simples bocejo
é um meigo realejo
uma ordem de ninar
Como posso ignorar,
a melodia que brota pura
de uma boca, formosura,
curta, sendo cantiga milenar.
Pois se mostra em um segundo
que está posta onde mais me iludo
que já torna meu rosto rubro
um tropeço do meu respirar.
Eu mereço tal vertigem
eu aumento o valor do truco
me entrego a este instante
com o peito flamejante
desta fração, vem a poesia
ou uma canção, na boemia
esqueço da própria covardia
e desejo talvez mais que podia...
Num ensejo, talvez um dia
solfejando nota macia
mesmo em métrica irregular
possa eu lhe retratar
possa eu lhe bocejar
suas cores, seu traço fino
seu jeito de melodia
obedeço, torna meu destino
esta ordem de ninar.
By news at 06/11/2011 - 05:36
Odarizar
Tudo bem,
ter recebido algo
que sequer sabia que precisava
precisamente o que necessitava
como uma canjinha para o dodói
ou um clarão dançante,
imprestavelmente Presley --
prestes a odarizar.
(dedicado a Luciano Felizardo e Roberto Aguiar)
By news at 06/09/2011 - 13:23
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margem, o rio, e tal

By news at 06/09/2011 - 10:45
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Receita de bom sono
Prepare uma presença ilustre.
Descubra os véus da verdade cautelosamente,
de modo que se dispendie atenção, afeto,
às pitadas de inteligência meiga, morna até mesmo quente.
Suave, junte tudo numa coisa só,
revelando acerca do outro, compreensão.
Separe a vontade do desejo,
refogue o carinho e a carícia
em fogo brando acolhedor amigo.
Filtre tudo que for o ó. Relaxe e depois descanse.
Canse de ser homem. Basta também de ser mulher.
Pense numa coisa mais do que boa. Faça como eu fiz:
que fechei os olhos e lembrei de ti
que respeitei meu cansaço, minha bobagem
que ganhei coragem, de voltar sozinho para casa
pois apontaste o caminho que leva a nada
e iluminaste a boa e velha-nova estrada.
Por conta de ser privilegiado,
rabisco aqui este recado
que sílaba a sílacomigo também poderá contar
pois tenho o encargo de zelar pelas fadas
pois da imposição das mãos de fadas, tive a dádiva
mão tua que não só cura, consagra
por favor, jamais se canse de ser uma fada --
sua dor, sua lágrima, sua apreensão
divida e respeite-se, sempre,
essa luta essa labuta, minha preciosa missão.
Faça essa receita do bom sono, à gosto;
eu só fechei os olhos e lembrei de ti
respeitei meu cansaço, minha bobagem
e ganhei coragem, de voltar sozinho para casa
e lancei mensagem, para poder vê-la voar do ninho;
ai ai, essas asas.
By news at 06/09/2011 - 10:04
Qualquer Coisa
Depois de conhecer o Eduardo,
decidi que o certo mesmo era aquele desejo intenso
de pegar uma flauta, mágica ou não, para tornar mágico
qualquer coisa qualquer
Conduzir com a cantiga as cirandas
de encontro todas a si
e sendo supimpa
tornar o algo qualquer supimpa
Vontade de fazer algo qualquer.
By news at 06/08/2011 - 20:29
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Raso Arraso
Que pode o cabra fazer,
se trocar com você
é como uma gravação peculiar de Zappa,
uma riqueza maior que a prata,
o conforto de um deja-vu bom
quando prestes a se tecer,
sereno, porém andante -- fruta refrescante;
não tem preço nem valor agregado,
sendo pura poesia,
que não serve para nada,
não serve para ninguém.
Não serve para o agrado.
Serve para levantar o Sol, todo dia,
alado.
Novamente, muito obrigado.
By news at 06/08/2011 - 20:17
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Âmbar
Milênios, para gerá-la
De outono em outono
protegendo a vida
uma pérola das plantas
uma liga, como ouro e prata
uma força, resistindo ao Tempo
congelando o passado
estática, porém elétrica,
logo é atraente, psicodélica
acalentando os olhos, inda é amarela.
sendo translúcida, linda e sincera.
Doa a quem doer. Muitos compassos para estar-e-ser.
Diz-se que não bastando, se férrea
ganha um quê esverdeado, esmeralda
ou seria azulado, um horizonte sério?
Em verdade estou cantando, uma senhorita
logo não tratemos do âmbar como ciência dita
como anão inventivo, alugável, estéril.
Na química, na geologia, não tenho mérito
inté meu quê cênico,
foi do seu cometa radiante de garota,
que tomei carona no véu que se traçava, marota
ganhei também um quê iluminado, uma grinalda
uma coroa clara, uma faixa amarela, um alvo estandarte
que hasteio com garra neste turbilhão de bobagens
por termos ambos, um coração bobo
por mineral, âmbar, talvez improbo
mas preciosa, âmbar, boto minha mão no fogo.
Façamos um trato. Sou e serei eternamente grato!
Mas jamais me prive de mirar teu rastro.
Posso sempre te dar palavras, bonitas, que dão pro gasto.
Já que me coroa com flores, vivas, de um candeeiro alumiado.
Sempr sem-querer-querendo...
mergulhemos nessa história,
de ser, sendo. Eis o poder de parar o tempo.
Eis a destreza de maior beleza.
Eis Luiza, essa Luiza, com certeza.
By news at 06/07/2011 - 01:17
Lá Natalie, ali Natalie
Cada um carrega no mar dos próprios olhos
a dor e a beleza de refletir a vida vivida
no fundo desta clara íris esmeraldina
donde breve fitei a profundidade, desmedida
esta cujo nome representa a própria criação;
esta que irradia uma alvorada pelas pupilas;
esta que, de forma franca, se chama, nascer, vida;
Fronte que a criar, o poeta, obriga.
Inevitável dizer que é muito bonita!
Inviável não compor essa coisa dita!
A priori desafio sem saída
como a cova de uma leoa
preso, mas preso numa prisão boa
e os olhos claros furtando a cor, camaleoa
tantas coisas para dizer acerca de você
decidi simplesmente falar de sua pessoa.
que dá vida, florescendo outros seres reinventados
personagens, movimentos, a vida enfim é palco
você que tanto exala o poder da criação,
você que emana criatividade:
obrigado por enfeitar minha cidade.
Lá Natalie, ali Natalie
Vai Natalie! Depois se puder, apareça por aqui.
By news at 06/05/2011 - 07:54
Uma Guardiã em que Confio
Fora do comum, longe do ordinário,
eu não sei ao certo o que guarda Izabela,
o algo que já sabe, além, extra
se isso é muito difícil, muito pesado ou valioso
para que divida assim, de graça, com os outros.
Certamente não é arrogância, nem egoísmo
pois escolheu dividir sim tal tesouro em fascículos
tem seu modo terno de ser firme, como seu sorriso
tem seu modo tímido de regar atitude ao mais indeciso
Mesmo não tendo razão, estará sempre certa.
Pois tem essa astúcia esperta. Pois tem o olhar preciso.
É mesmo guardiã de algo que sequer sei bem o quê.
E se assim foi feito, se isto é o escolhido,
que assim seja, está enfim dito.
By news at 06/03/2011 - 04:37
Prato Feito
Ela tira o escalpo do Macho Alpha
tempera levemente com cebola e salsa
ferve seu sangue, seu corpo
as minhocas de sua cabeça
neutraliza Marte, com arte, o põe à mesa
e o mancebo inda pensa que a traça
não a decifra, é devorado todo -- com graça.
Satisfaz, satisfaz como um corrido almoço
muito importante para aguentar o alvoroço
Satisfaz mais do que apenas enganar a fome,
mas menos por exemplo que outros banquetes,
aqueles tais de uma boa noite insone,
modestos certamente,
já que feitos enfim de jejum,
aqueles, sei lá, cheios de palavras regadas a rum.
Por mais que supra, menos, enfim
da mesmice bem alivia o torniquete
e para fugir do ócio da torre de marfim,
tal prato já é mais que suficiente.
Degusta, em verdade, da caça
ilustra, esta cidade, com graça
poderia, se quisesse, ser delinqüente
talvez a ponto de ser considerada indecente
-- Pelos imbecis, obviamente;
e por aquelas que, incapazes de pensar diferente
ignoram tudo aquilo que em si mesmo sentem.
Ora, no mundo há realmente
os que esperam ser sorteados no bingo
pelas coisas esperam passivos,
torcendo, antolhos focando o umbigo...
Mas eis a mulher verdadeiramente decente, amigo
a que vê, vem e nos vence
temida pelos Reis, pelos Césares
e todos seus discípulos
aquela capaz de voar alto e mergulhar rente
e mesmo como felina, como ave de rapina
tem a doçura de uma simples menina
tem a firmeza de sustentar o abrigo
carrega, portanto, o que importa consigo
Do que não entendo, simplesmente nada mais digo
mas nada é mais complicado que a pureza de uma menina
e nada é mais simples, já que toda mulher é menina.
Antes que me esqueça, ser flor também é sua sina
E claro, conjurando como última palavra da cantiga:
será por isso, sempre, completamente, linda.
By news at 06/03/2011 - 04:10
Verdadinha Gratuita
Amanda
podia ser Dona da Ciranda,
mas não quer.
Amanda
podia ser Rainha da Umbanda,
inda que branca, e daí?
Na verdade na luz branda
não era mesmo muito branca
é mais daquelas pessoas douradas
que irradiam a doçura da alvorada
o mistério da noite, bah, mal cabe em palavras.
Poderia parar lá pela beleza plástica,
mas é uma toda incomum escultura,
das que andam, dançam, falam com desenvoltura
sem inocência há de ser pura
não negligencia a conjuntura
talvez por isso abale as estruturas;
arte, enfim, obra da natura.
Arrasa, Amanda!
Teu próprio nome é a palavra mágica,
é a dignidade de ser mágica,
Quem sou eu para falar demais?
Um dos diversos que quando tua nave partir
estará torcendo por ti, no cais.
By news at 05/31/2011 - 12:50
Ode ao Valor Maior
Serão todas as Luizas
claras, radiantes, feitas de luz?
Senão uma sintetiza, dentre lulus,
uma saudade que já fez-se nostalgia,
de tanta saudade me atiro em homilia,
tão imensa que a saudade prioriza
inté mesmo a linda íris, toda azul
Já nem sei se azuis ou verdes,
são olhos claros, clara como alumia
o recinto, o que sinto, pois o que sedes
para mim, para tantos, presumia:
certamente nascida para ser Rainha,
toda dourada tens o toque de Midas,
portanto luz que dividia, dia-a-dia.
por isso a saudade já fez-se nostalgia,
de tanta saudade, que esta prioriza
a tanta íris, a linda luz, meu orgulho desta Luiza:
Brilha! pois é o que faz de melhor,
Brilha! pois é o que faz sem muito esforço
Brilha! pois o brilho já emana de seu rosto.
By news at 05/31/2011 - 04:37
Canção para todas as estrelas
Fosse o caso escrever e cantar
para todas elas de uma só vez
seria a cantiga para todas as estrelas
seria firme como uma marcha
seria leve como uma ciranda,
a mais bela do mundo.
Fosse o caso escrever e cantar
para a beleza toda do firmamento
seria necessária uma orquestra humilde
seria necessária uma voz divina
seria necessário que o público fosse gente,
gente deste mundo.
Fosse o caso escrever e cantar
para a firmeza que desponta no céu
seria que fosse noite
seria que também fosse dia
seriam todas as estrelas juntas,
e claro Sol, que acalenta este mundo.
Fosse o caso buscar dentro de casa
o reflexo desta sinfonia
bastaria uma Estrela-do-Mar
bastaria o amor pelos filhos
bastaria o povo todo cantar
Do céu sempre chuviscará
a certeira eternidade
nós, pedacinhos da imensidão
nós, chegaremos a emancipação
falta pouco para o povo todo cantar
mas é um pouco tão importante
que nos impede de aflorar
Juntemos as minúsculas parcelas.
Sempre estivemos prontos,
está tudo escrito, nas palmas de nossas mãos.
By news at 05/29/2011 - 14:14
Manual de Pilotagem de Avião
Como dar força a quem é forte por definição?
Asas a quem já sabe, deve, ama, sempre a voar!
Rosas, a uma flor, belas pétalas que marcam o próprio trilhar...
O mundo, para aquela que o desbrava por profissão?
Lá se vão claro, as estrelas, para uma luz, uma beleza, na imensidão!
talvez restem as palavras, para que sejam guardadas em seu peito.
para que me carregue junto, meu infinito respeito
minha admiração
vontade de ser imenso,
mas posso ser somente um grão.
algo que guarde facilmente; mas insisto em brilhar como você
para que não me perca facilmente
para juntos, sermos tudo isso, então.
By news at 05/29/2011 - 05:53
Tempo das Palavras
As palavras, as coisas,
os significados, voces.
Enxame de cheiros, cardume de chances.
Desbravando o encoberto, descobrindo bravamente.
Nao que me faca lembrar de quando
eram somente vinte anos, suficientemente vinte anos
sobrecarregadamente, vinte anos;
Eu vejo, eu vi
Eu vim para o tempo das palavras
Onde o quando replica imagens
de um agora, ainda futuro,
a espera de reviver...
Em essencia temos o poder --
e o dever -- de estarmos prontos,
sempre! Para renascer.
By news at 05/28/2011 - 01:47
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Era Ella!
Ella, retina, íris felina
- - uma melhor realidade - -
foco, luz, recorta rimas
rimas que nem todos podem ver
sinas que todos vão compreender
Ella, tão jovem, ela nasceu assim
e caminha para sublimar os fluxos
em um eixo preciosamente fino
precisamente, lindo
ai, o belo o bom e o verdadeiro
nunca imaginei cultivá-los com tanta simplicidade.
Obrigado, pelos eternos minutos de felicidade.
By news at 05/26/2011 - 17:27
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Carta aberta a Nix, a Fada, a Ninfa, a Musa, e a Rainha de Copas
Carta aberta a Nix, a Fada,
......................a Ninfa, a Musa,
.........................e a Rainha de Copas;
São Paulos de milhões
São Passistas pelos quarteirões
Sou obrigado a sorrir -- e a lira,
desempoeirar!
Sou obrigado, como antes, talvez como nunca;
Sou obrigado a cantar!
Minha pena toda espada
minha palavra de novo afiada
Enfrento o Diabo, com exclamação!
Interrogo Deus, com a imaginação?
Deste-me forças para desembainhar o perdão
Deste-me abrigo para enterrar tudo que se foi em vão
Obrigado, sou obrigado a repetir!!!
Pois desbravei minha própria cidade, com a deusa-dama-da-noite!
Que vi uma fada chorar e a Rainha de Copas, perdoar...
...mas também vi esta fada sorrir e a Rainha de Copas, deposta;
Que a Rainha uma vez deposta, virou Fada:
e a Fada uma vez sorrindo, se fez novamente Rainha!
que borboleteia uma dança miríade, de estrelas,
mas ciranda, ciranda de uma única ninfa.
Obrigado, sou obrigado a repetir!!!
Pois cabe a nós mesmos zelar pela beleza essencial
pois arcamos nós mesmos com a responsa,
e temos sim uma resposta,
para a dureza do Mundo, para toda essa bosta,
zelo e apego, ao mágico, ao táctil e ao infinito
cabe a nós mesmos arcar pela responsa essencial
pois agarramos nós mesmos essa resposta,
zelando pela beleza que carregamos no ser
frente a dureza do Mundo, para toda essa bosta,
Redescobri a dança, ciranda que é a vida,
ela, vida, ela, vida e todas juntas são simplesmente
viver.
VIVA!
By news at 05/22/2011 - 13:55
Paraíso Conquistado
o Amor é a máxima equação
que não usa números nem sinalização
é a regra clara, do Todo a imensidão
convence, sem persuasão
é gigante, enorme, então
é o que faz-te Todos, uma só canção
é o que une Tudo, numa só versão
é eu e você, irmão
é o caminho, o toque da grande Mão
minúsculos mas muitos, são
plural e singular serão
do inho ao ão, Hão
tal complexo que simples, o Amor.
Tal fácil, que difícil, eis a Humana dor.
By news at 05/17/2011 - 12:36
Conquista do Paraíso
Agora eu compreendo
a simples matemática do Universo.
Porque o sendo grandioso,
há de ser simples,
nossos olhos encobertos por véus,
sempre buscando complexidade.
Porque o sendo glorioso,
de gigante teu mistério,
tão minúscula a resposta
que cabe num grão de areia,
sendo nós mesmos, mero grão,
e de grão em grão
a morte e a vida se encontram
se atraem luz e sombra
num só algo sendo e estando sempre-novo,
antigamente novo, nunca idêntico mas similar
foge ao nosso olhar -- de modo algum invisível;
se esquiva da compreensão -- de tal modo óbvio,
que as minhocas da mente humana atrapalham a discernir.
Agora eu compreendo
a simples matemática do Universo.
cujos versos rimam entre si,
verso a verso com seu posterior
sendo o verso primeiro também a rima
com seu verso anterior
é então que surge o Quando
o próprio Quando, o próprio Tempo
e o próprio Amor.
Nós que buscamos as operações;
as maquinações do movimento;
quantificações dos momentos;
cardinalidades e pontos cardeais;
direções e intensidades...
esquecemos que o amor é qualidade
é paradoxo, não se conta e não se mede:
Ele fala a língua dos homens
mas a língua dos homens cessará
sem Dele poder falar.
Tão simples matemática
que pede uma nova matemática
mais próxima das canções
mais próxima da poesia
uma matemática de encéfalo sem minhoca
compreensível pelo coração
do homem ao cão, da borboleta ao leão
cuja simplicidade tornará tudo são.
Era tudo ridiculamente difícil
e fácil demais para o ridículo.
Das estrelas que ofereci a ti
foi um erro conjurá-las
elas já estão dentro de nós
e agora quero explorá-las
não como a hipócrita conquista do ser humano
mas como a simples entrega de uma pluma,
livre, reticente, ao vento. . .
Rest in Peace
Eu morro hoje.
Pois todos os grandes morrem milhares de vezes.
Mudando as coisas do meu quarto
pela terceira vez esta semana
para perceber que isto não mudará minha vida
Para mudar, hoje, devo morrer.
Não morro para renascer
não morro para viver de novo
não morro para jogar nos dados
(outro rolo...)
Morro hoje pela primera vez na minha vida.
Pois todos os grandes morrem milhares de vezes.
Qual era a cor do pensamento passado
qual era o som do sentimento esquecido
inexiste hoje, desconstruído
Morro hoje pela primera vez na minha vida.
Pois todos os grandes morrem milhares de vezes.
By news at 05/15/2011 - 14:53
Para Richard Stallman
O COMPIZ DO MEU GNOME NO UBUNTU LINUX
ESTÁ MANDANDO MENSAGENS SUBLIMINARES,
AZUIS, DE QUE A VIDA VAI MELHORAR!
NÃO VOU RECOMPILAR O CÓDIGO,
NÃO VOU CONSERTAR O BUG.
By news at 05/11/2011 - 17:20
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She comes in colors...
Feito! Reestabelecidas as fotos de satélite no
http://geo.ventania.blog.br/
A resolução está em 1km mas com pseudocores posso ir até 250 metros pro mundo todo!
A NASA fechou o servidor WMS do projeto Blue Marble, então eu peguei os dados do satélite MODIS/Terra e estou gerando diariamente as imagens.
Dependendo da conexão demora um pouco para aparecer os quadradinhos. A previsão do tempo vem do WMS server do INPE. Se o INPE fechar, vai me obrigar a baixar o modelo GFS do NOAA e gerar também rs...
By news at 05/10/2011 - 14:08
Let's all drink to the death of a clown
É o fim do começo. Longa vida ao fim!
Dedicado ao meu mentor,
Jokka das Trevas,
falecido 22 de março de 2002
The Kinks - Death of a clown (1967) versão de 2002
-----------------------------------
My makeup is dry and it clags on my chin
I'm drowning my sorrows in whisky and gin
The lion tamer's whip doesn't crack anymore
The lions they won't fight and the tigers won't roar
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
So let's all drink to the death of a clown
Won't someone help me to break up this crown
Let's all drink to the death of a clown
Let's all drink to the death of a clown
The old fortune teller lies dead on the floor
Nobody needs fortunes told anymore
The trainer of insects is crouched on his knees
And frantically looking for runaway fleas
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
Let's all drink to the death of a clown
So won't someone help me to break up this crown
Let's all drink to the death of a clown
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
Let's all drink to the death of a clown
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
É o fim do começo. Longa vida ao fim!
Dedicado ao meu mentor,
Jokka das Trevas,
falecido 22 de março de 2002
The Kinks - Death of a clown (1967) versão de 2002
-----------------------------------
My makeup is dry and it clags on my chin
I'm drowning my sorrows in whisky and gin
The lion tamer's whip doesn't crack anymore
The lions they won't fight and the tigers won't roar
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
So let's all drink to the death of a clown
Won't someone help me to break up this crown
Let's all drink to the death of a clown
Let's all drink to the death of a clown
The old fortune teller lies dead on the floor
Nobody needs fortunes told anymore
The trainer of insects is crouched on his knees
And frantically looking for runaway fleas
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
Let's all drink to the death of a clown
So won't someone help me to break up this crown
Let's all drink to the death of a clown
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
Let's all drink to the death of a clown
La-la-la-la-la-la-la-la-la-la
By news at 04/26/2011 - 17:54
Macondo, que não li
Be happy, Ri Happy
Boys and the toys
The Girls, the dolls:
somos cheios de bemóis
repleto de dó bemol
é nóis; e o ó. . .
Macondo, que não li
agradeço muito a ti
e dedico aos "que vão ao inferno
à procura de luz."
dedicado ao Ed Cruz
By news at 04/25/2011 - 02:03
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TRUTH Happens
http://www.youtube.com/watch?v=7XEujPG7Zjw
By news at 04/18/2011 - 21:56
Life is life
I am sick of
reality shows
Let's make from reality itself,
a beautiful show!
I want to show reality;
I want to live the real:
LIVE: life is life.
By news at 04/12/2011 - 09:53
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Eu e minha gente
Eu e minha gente.
com a própria roupa
com a própria louça
com a própria casa;
Nossos antepassados. Nossos filhos.
Eu tenho minha palavra
com que digo meu viver pelo mundo
penso meu olhar pelo mundo
descrevo meu mundo
com minha rima ancestral
com os ditados da minhante.
Eu tenho minha música
em que canto meu olhar do mundo
meu viver pelo mundo
desenho meu mundo
com meu instrumento musical
com os instrumentos da minha gente.
Eu tenho minha medicina
com que entendo além deste mundo
desfruto o viver e o morrer nesse mundo
conscientizo o mundo e o além-mundo
com minhas ervas sagradas
com a sabedoria da minha gente.
Minha roupa, minha casa,
minha louça, minha palavra
minha música, minha medicina
minha vida, minha morte
Minha terra, que foi roubada
por onde se planta e se colhe
e se vive e se morre
toda minha cultura
é como uma família sem moradia
é como a trupe sem palco
eu não sou como você,
eu e minha gente.
By news at 03/21/2011 - 14:36
Bandeira Rosca
Socialismo já era! O LANCE AGORA É DAR A BUNDA!
http://t4c.ventania.blog.br/bandiera-rosca.mp3
(recomenda-se: clicar com o botão da DIREITA e SALVAR COMO...)
BANDEIRA ROSCA
(Hino revolucionário Gay - Contemporâneo )
Meu psicólogo
me fez a loca
bandeira rosca
bandeira rosca
Meu psicólogo
me fez a loca
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
no mastro pegar
bandeira rosca
vamos hastear
e fiz pederastismo
pa se libertá
i disfrutando
desses esquema
na puberdade
rosca bandeira
vai proletário
que lava louça
bandeira rosca
vamo hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
vamos hastear
bandeira rosca
no mastro pegar
do latifundiário
à lavradora, já!
Do bambi ao Mário, a la mineira
no Oficina, Zé Celso, as prega
Se apronta e monta, ó bela e louca
bandera rosca vai trio formar
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
no mastro pegar
largando o cinismo e as prega já
Sem dinamite, sem macumbeira
Só se confie, rosca bandeira
a nós se aliste, e faça a louca
bandeira rosca até de trio fará
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
no mastro pegar
Se a luta for armada vou de pistolá
tem glande à face, cosseno é Teta
desprega aos sóis, rosca bandeira
No lavatório, faz-se a loca
Bandeira rosca, quero hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
quero hastear
bandeira rosca
no mastro pegar
Vai de pederastismo pa se libertá!
By news at 03/14/2011 - 17:22
La Muerte del Rey
Fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
for your country,
for your property,
and for your laws
you ear them say
and movies play
and of course that
you always saw on the T.V.
to give your life away
to give your kids away
into this bloody tainted sea of
flags.
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
Who is our king?
Who is the king these days?
Who is the king?
Who is the king we fight for
these days?
These dark days these sad days
Sadder than never
Sadder than never have been
so sad before
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
they say you must
they say you must go
they say you must leave
they take your kid away and your sleep
they want to kill dreams
they want your kid
to kill other kids dreams
mostly far away.
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
but fight oh Johnny boy,
fight my jolly jolly boy,
fight for freedom
taking freedom of somebody else!
Johnny, dearest
they always tell you to be a man
but speaking of being a man
a true man dreams and creates
a true man does not destroy hopes and dreams
The true hero,
Johnny dearest
The true hero is ordinary
without rifles without googles
without laser aim
The true hero,
Johnny dearest
The true hero is ordinary
doesn't even need to hold a gun
does not hold a gun
a true man does not search to destroy
the true man finds and creates
gives birth to the ordinary
and of course to the extraordinary.
johnny boy
oh johnny boy
By news at 03/06/2011 - 10:30
Pega Essa
Quando nasci
ganhei maldição
cigana:
era o saci,
pulando de um altar!
Quando o flertei,
em punho ele portava:
uma adaga, cimitarra,
um orixá!
Milhões de braços,
dançaram como um rio:
em turbilhão, em tempestade,
o ganzá!
Começara,
empreitada desvairada:
era um desleixo, do capeta,
e Jeová!
Agora é tarde vou cantar
a minha mágoa
por mal nascido
tentarem me matar
Agora é cedo ,
para anunciar a tálba:
esmeraldina do espírito triunfar...
Agora é cedo ,
para anunciar a tálba:
esmeraldina do espírito triunfar!
By news at 02/08/2011 - 00:33
Minohomini
Mais minohomem
menos homini;
Homens Minos,
são mesmo homens?
são homens mesmo.
Menos Homens
serão meninos?
Quando garoto
pensei que cresceria
adquiria uma espada de heroísmo
e seria homem mesmo.
Agora talvez seja homem
talvez seja sempre menino
Quando garoto
pensava que cresceria
mas não seria homem menos.
Homem um ser tão talvez
Homem um ser tão como vocês
Humano homi
vero impostor
Humano homi
livrai-me deste furor
Quando garoto
pensara que cresceria
mas não seria homem menos
seria homem, pelo menos
pensava eu menino
que ao não ser mais menino
seria homem apenas
não, às duras penas,
ser homem apenas
quero ser, além da cena
agindo, abraçar o mundo como garoto
mas como homem
não fazer parte deste esquema
de homens, homens apenas.
By news at 02/07/2011 - 23:46
Demasiadamente menos
falta assunto
e adjunto, junto
falta conjunto
eu pergunto
e daí se falta assunto?
e te unto, te besunto
o silêncio vira um superconjunto
o vazio complementa tudo
e pasmo, inda retruco
que de muito assunto
fez-se claro o necessário
tornou-se táctil o rumo
sem descaso, um novo prumo
donde trago relicário
talvez menos exagerado
donde temos o orvalho
em fatores fica grácil
distinguir o certo do errado
o nu e cru, o mágico
tornou-se mais que necessário
ser menos
ser mais ágil
ser demasiadamente, fácil.
By news at 02/03/2011 - 06:25
A Suma
vai passar
um pássaro passista
que não sabe mais voar
nunca soube voar
tenta, tenta
eu não consigo assumir para mim
eu não consigo assumir para mim
tal coisa tão óbvia.
By news at 02/03/2011 - 05:09
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Desfrutar
Des-frutar.
Des-fazer o feito-fruta.
Sentindo, a própria fruta.
Des-cobrir-se.
Des-fazer o coberto de-si
Sentido, com a fruta
a si. Sua própria cobertura.
By news at 02/01/2011 - 01:32
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Vamo Nessa, Lessa
Vamo Nessa, Lessa
---------------------
A musa é ou não é
para o que der e vier
a inspiração não vem nem vai
...ela vai-vai ou vem-vem
ela está dentro de você
também dentro de seu bem
ela é uma força descomunal
um poder ancestral
ela emana do fogo inimigo
e do acalento amigo
a criação é um momento são
em meio a tantas loucuras nada vãs
é uma coisa loca, de uma vida loca
é suficiente, até quando pouca
se peca é pela bondade
se cura pode ser sortilégio
é paradoxal, um privilégio
dói satisfazendo, depondo reis e rainhas
constrói sobrepondo, fortalecendo
do pária ao poder régio
mas é maior que o poder mundano
é maior que a caravela do lusitano
é espada mais forte
que a armada do americano
a palavra é o domínio sobre o mundo
imundo, e no fundo, é a ilusão
a mentira, a fraqueza que vence
a calada da morte, numa simples canção
que perdura além
além do teu viver,
do que se possa pensar
o vivente.
Gustavo Loureiro Conte 01/02/2011
By news at 02/01/2011 - 00:37
não quero ser diferente
asas são serenas
voarei existencialista
com asas mais amenas
um vôo impressionista
com gosto flutuava
planava mas me iludia
percebera que meu voar
meu voar era ilusionista
abandonei a miragem
e segui minha viagem
trilhando meus pés à terra
logo chegaria de fronte
quando paciente estava à espera
do horizonte que tanto queria
percebi ao beber da fonte
dentro de mim que existia
não tinha nada a trilhar
a não ser a mim mesmo
onde eu queria chegar
era na alvorada de mim mesmo
nasceu um novo Sol
amanhecendo, um novo selo
não importava o poder reinol
não importava meu orgulho
não importava o si bemol
encontrei finalmente parte de mim
esquecida há tempos assim
num suspiro aliviado
me vi livre deste atol
os grilhões que me encarceravam
eram liberdade em demasiado.
dedicado ao Peri Canto
By news at 01/17/2011 - 06:12
La pendiente
Não consigo esperar serenamente
odeio esperar o metrô,
que do nada surge inteiro
assim, súbito. Vagão por vagão.
Um progresso quase sem fim
culminando no abrir das portas.
aguardar ônibus, sempre pior.
por vezes, o ó.
assim como odeio esperar o Messias;
mais blasé a volta Dele, enfim...
Não consigo esperar serenamente
que coisas se resolvam sozinhas
não quero ficar esperando nada
quero tudo na hora, agora!
enfim, por ironia justa
procê fico eu,
cultivando esperança,
expectativa despreocupada,
mesmo sem paciência,
ansioso e delinquente;
Acabo por aprender a seguir em frente
compreendendo algo ou alguém
maior acerca do que se possa saber
acerca de estar e de ser, mesmo, quem?
Não consigo esperar serenamente
Bão, contigo respirar paciente
quase que um suspiro
como fosse um delírio
o ar que hoje inspiro
não consigo expirar serenamente
teimo em guardar cada resquício
como a relíquia em meu peito, dito.
By news at 01/15/2011 - 08:16
Saber eu sei
Hoje sei, talvez não poder
velar teu sonho, ninar teu sono
mas me ocorre na saudade
que se aprochega de meu peito
uma leda sanidade
solfejando vero contento
és de fato, e digo até farto
a primeira e única moça
que numa idéia até sonsa
projeto desejar
que sede a rainha do meu trilhar
numa rima pobre, um curto respirar
coroá-la num infinito de responsa
sem escusa, sem esconsa
fazer, te sentir rainha
sem ser teu rei
sem mais, hei.
saber eu sei.
By news at 01/12/2011 - 00:28
Sabia assobiar
Você sabia?
Que do pisar nesse chão
devagarinho da bahiana
nasceu o sertão e o mundo
nasceu o minuto e o segundo
Tudo foi declarado lícito
e a beleza era algo explícito
por uma razão que ao certo
não sei
o homem elegeu seus reis
para governar a tudo, todos
até do nada, nada vir então...
já Ju me faz lembrar
dessa alvorada antiga
graças a uma tal
eterna e graciosa
juventude amiga
By news at 01/10/2011 - 22:38
Imprudência
o paulistano
tem certa vontade de potência
típica da pressa e imprudência
mora no inferno fugindo do capeta
corre constantemente
parece que morre diariamente
morre fugindo da morte
e corre, corre
por trás do parabrisa
ofuscado pela poeira
luzes descrevem trajetos
as luzes me mantém desperto
há luzes fixas imponentes
e luzes cintilantes rasteiras
sinto o pneu mordendo
aquilo feito de pixe
o primeiro farol amarelou
o segundo já estava amarelo
o terceiro, meu Deus do céu
não sei o que me deu na cabeça
rasante pela avenida
sou obrigado a parar finalmente
não fico descontente
os objetos que trançavam frenéticos
agora posso observá-los
como as árvores, em fila indiana
no canteiro da rua, no meio
lá estão os patrulheiros do trânsito
vão podando, as plantas atrapalham
tanto
A menina passeia com o cachorro
abre o sinaleiro, o animal não faz idéia
a menina puxa o bichinho sonso
peludo ele obedece faceiro
ninguém a deixaria atravessar
normal, ela fez-se ciente
acelero novamente
agora sigo minha fuga do capeta
minha maldição megaurbana
minha imprudência metropolitana
minha hipócrita ciência de neon
que afunda no caos da escuridão
se não alimentada pela compania de luz.
By news at 01/10/2011 - 20:31
Marmelada
Hoje vi uma alma
passeando de bicicleta
lá no fundo da manhã
que nascia esbelta
que se postava sã
Hoje vi a alvorada
cochichando secretas
palavras cantadas
com profundas métricas
e rimas delicadas
Hoje vi a estrada
roncando motores assim
como fosse ainda longa
longa ainda a jornada
Hoje não tem marmelada.
Hoje acordei quase como profecia.
Hoje é suficientemente apenas mais um dia.
By news at 01/07/2011 - 06:07
Já vi tu
Já vi tu
Já vi tudo
Já vi tu
Já vi tudo
Já vi que tá
Já vi tu, tá
Já vi tatu
Tá?
Tá!
Já? Já-já.
Tá...
By news at 01/06/2011 - 22:49
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Suspiridal
Ei, seu moço do violão
toque alguma canção
para aliviar o clamor
que bate no peito
desta morena
que está clamando
por dor mais amena
num suspiro sem
consolação
Ah, moço do violão
se não puder aliviar
cante um sofrer bonito
daquele pássaro preso a piar
a piar, a chorar, a amar
se quiser pode até amar
olha lá, meu irmão
Cante o que quiser tocar
mas abra um sorriso
no rosto desta moça
pra que a avenida
volte a suspirar
por algo bão
By news at 01/06/2011 - 19:01
Num tem motivo
Um dia, sem tititi,
- mas com arte!
me diga um bom motivo
pra não se gostar
do Tiago Goulart.
Não tem motivo.
pra se gostar do Goulart
poderia ser por qualquer coisa
por ele te trocar o pneu na chuva
por ele trocar idéia sussa
por ser o pequeno
pônei.
num tem motivo...
Talvez fosse por sua maneira
especial de agir
fazer os outros rir
ou chorar
sozinhos
Talvez fosse por sua autêntica
forma de ser sincero
e honesto
ou pela malandragem
sacana como
derrubar o HEFESTO
mas não tem motivo...
num tem
motivo;
By news at 01/06/2011 - 16:17
O Tempo da Chuva
Chove persistentemente;
na cidade da garoa
enquanto caem gotas
e escorre a enxurrada
lembro do tempo que passa
implacavelmente
Chove indiferentemente;
além da aceitabilidade
enquanto molho o traje
debruçado na janela
vejo em rastros do vidro
meu reflexo, luzes, água,
e a paisagem intermitente
Chove simplesmente;
agora não tenho idade
enquanto recordo o filme da vida
das dores sublimadas que são belas
dos erros insistidos além das profecias
fica aqui, entre eu e o passado, a janela
e o futuro, à espera:
pois chove indecentemente
e cá estou frente-a-frente
com o frescor do presente.
By news at 01/02/2011 - 11:25
Booky on the table
Poderia a morte
nos vir como uma figura carismática
uma pálida senhorita
uma flácida senhora
uma negra deusa da umbanda
uma criança, a dançar ciranda
poderia a morte
nos vir como uma figura catedrática
doutora nas sapiências da vida
misteriosa como um livro fechado
amorosa, enquanto carrasco desalmado
poderia a morte nos vir
como uma figura apenas?
posso eu ir de encontro a morte
e a morte talvez me ofertar um pão
não um pão amassado pelo diabo
não uma vida escorrida pelo ralo
um enxerto estilhaçado
um sem-vergonha
você
é o que a morte diria.
O encontro com a morte
é a aposta mais esdrúxula
feita durante a vida.
By news at 12/30/2010 - 17:34
ASAP (ou o Império de falar em siglas)
fúria depressão e euforia
sublimação autocontemplada
sensação de bolha
estourando, claro.
sempre.
e por vezes dor
por vezes muita dor
pitada de horror na vida
plantada pela Natureza querida.
quando vemos o operário
brigando com outro operário
sendo os dois molestados
pelo mesmo trabalho
é a culpa ao pechinchar
com o vendedor de rua
que cobra mais caro
devido a sua situação
sendo que a situação é nossa
a sociedade vivencia
uma constante
tensão pré menstrual
não queira compreender
o veneno que necessitamos também para viver.
By news at 12/29/2010 - 22:15
Libretto
Você
para mim
é um livro infinito
que quero lê-lo
relê-lo
quero reescrevê-lo
quero como bardo
solfejá-lo
paratodos
By news at 12/28/2010 - 02:23
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Quando Larissa foi pra Lua
Cadê a Larissa?
Tá na Lua
Como ela foi?
Foi daqui mesmo
Daqui onde?
Saiu daqui, foi pra rua
pegou um balão
e foi pra Lua
Sério?
Sério, cara. sério.
Dias se passaram,
Larissa não voltava da Lua.
Cadê a Larissa?
Tá na Lua
Sério?
Sério, cara. sério.
Será que ela não volta,
nunca mais?
Disse que sim, ué
Mas ela não vai mais trabalhar?
trabalha remoto, ué
Mas ela está bem?
manda notícias, ué
Como?
Pelo XPG
O quê?
É.
Juleno
Juleno companheiro
muita cachaçada
muita carteada
muita carneada
praticamente, Juleno
esteve em quase toda boa balada
que eu já fui. E as que não fui.
Esteve comiguz desde criança
em momentos de profunda solidão
quando estivemos só eu e você
em alguns destes anos
camarada ensinaste esta lição
jamais usar o não contra o não
quando a resposta é sim, então.
Juleno imagino que você, como eu;
Absolutamente só faz rima pra impressionar as garotas.
E principalmente, a sua garota.
Juleno também tem coisas como você que não consigo admitir.
Juleno, tuas qualidades eu enxergo em mim, nos meus amigos e inimigos.
Teus defeitos, idênticos. Juleno, tão humano. Juleno era O mano.
enfim Juleno, teu similar a tudo e todos na realidade é justamente tua singularidade.
Juleno Jesus. Juleno Jeca. Juleno.

By news at 12/27/2010 - 18:25
semsei
se sem, sei. sem-sei!
sei que sei.
se sei que sei
sei que sei
si si si
se sem, seu. sem-sei!
sei que sei
que se sei sei que sei
sem-sei! Quem se sei
que sei
sei que sei
sem-sei!
se sem, sei. sem-sei!
sei que sei.
se sei que sei
sei que sei
si si si
By news at 12/26/2010 - 23:29
Nova Lua
Seus cabelos, sua roupa
sua mente bela e louca
nos olhos até pouca
pintura, só para se admirar...
que pena, ela está rouca
no entanto jamais mouca
coincide com a louça
a textura, esta escultura,
em verdade, Nova Lua
decerto até ofusca
a pálpebra premira...
e o tato se assusta!
Um solfejo, me treslouca
inconsequentemente solta
ela é livre, uma lira pra mirar...
que se diga logo então
mira mina, um vulcão
seu espírito, em erupção
para o povo da cidade
gera preciosidades
diamantes, presumira
de amantes, presumira
por mais firme e elegante
quando vejo em teu semblante
que tua chama se retrai
sou tentado a envolvê-la
apertá-la docemente
aliviar isso que sente
acalentar com casimira
agradecendo, bela Mira
por plantar esta semente
em minha vida.
By news at 12/26/2010 - 12:39
Noticias do CABARÉ
Nequinho, nequinho. Lá estava ele sentado na cadeira do boteco. Bebendo. Fumando.
Dando risada. Nada dando errado para ele. Até que proferiu a sapiente sentença:
- Meeeeu, que ó, esqueci meu LAP não vou poder postar no FACE.
Por que teriam os homens que habitam o fundo de nossos olhos, que são eternos, terem morrido de desgosto?
Nequinho, nequinho. Continuava ele sentado na cadeira do boteco. Bebendo. Fumando.
Ninguém mais dava risada. O mundo perdeu a alvorada. Nequinho, por quê fizeste isso, meu Neco?
Pra quê tirar toda a alegria de meu povo, desiludir a avenida, entregar o ouro para o tolo estrangeiro que
fode nossos charcos conterrâneos? Nequinho. Que fizeste com o boteco?
Mas por uma ironia justiceira e poética do destino, lá estava Clayton, homem da rima, sujeito da quebrada.
Este emergiu da mesa do fundo "Cê vai vê o LAP que eu vou dar na sua FACE", e o resto eu não posso contar
acerca das notícias do Cabaré.
Inté;
By news at 12/25/2010 - 19:12
O intrépido saco cheio do poeta
Nada é eterno nesta vida
nem teu canto nem teu pranto
muito menos a lágrima furtiva
efêmera a gota d'água
desferida pelo semblante aflito
perene sim, o rumo que tomam as coisas
pois o presente é produto do passado maldito
que me adianta ser bom nisso
que me adianta ser bom nisso
não desisto mas não insisto
talvez eu me demito
talvez não tenha dito
talvez caí num mito
mas de todas falhas e tralhas
asseguro que eu, não minto.
Feliz Natal, Otário.
By news at 12/25/2010 - 07:06
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Um azul mais
Um dia,
ela pintou-se singela
de um azul mais colorido
de um azul mais radiante
de um azul mais atraente
ela fez o azul mais atrante
ela fez o azul mais radiante
ela fez o azul mais colorido
Ela feito azul faz o azul ser feito dela
Aconteceu comigo, foi assim
aconteceria com você
acontecerá com qualquer cor
(se tratando desta e daquela)
e eu adoro.
By news at 12/24/2010 - 21:51
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Ela Mira
Poderia?
Miravilhosa!
Eu vejo, ela me mira
ela é cheia de miravilha
seu jeito que revira a vida
então desejo, me mira
Mira, mia, será que ela mia?
Poderia.
By news at 12/23/2010 - 17:52
Let's Dance
Chris Montez && Guz
Let's Dance
1962, 2010
Hey baby won't you take a chance?
Say that you'll let me have this dance
Well let's dance, well let's dance
We'll do the twist, the stomp, the mashed potato too,
Any old dance that you wanna do
But let's dance, well let's dance
Hey baby, yeah, you thrill me so
Hold me tight, don't you let me go
But let's dance, well let's dance
We'll do the twist, the stomp, the mashed potato too
Any old dance that you wanna do
But let's dance, well let's dance
SPOKEN: OK, wail now.
Oh, yeah
Hey, baby, if you're all alone
Maybe you'll let me walk you home
But let's dance, well let's dance
We'll do the twist, the stomp, the mashed potato too,
Any old dance that you wanna do
But let's dance, well let's dance
Hey, baby, things are swingin' right
Yes, I know that this is the night
Well let's dance, well let's dance
We'll do the twist, the stomp, the mashed potato too
Any old dance that you wanna do
But let's dance, well let's dance
By news at 12/02/2010 - 06:16
Felix
Mias autonomias
gatos altos no mato
autômatos, mato
mato
Ronronam rondando
na roda gigante mundana
mias autonomias
os gatos altos do mato
Miado moiado vem de mim,
ao sucumbir
aos autômatos sólidos
Miado moiado vem de mim,
por miar autonomias
nas imersas tais lápides eregidas;
By news at 11/17/2010 - 19:10
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Forgotten Planet
It's a tangerine sea, electrified --
in the mourning of all past lies,
feathers of forgotten blues;
It's the future at last
amplifying the truth
distorting rhimes
that seemed so cool
that seems much better
As questions catch us
We try to grab the answers
dust, on the winds of forgotten blues;
And all seemed so cool.
And all seemed so cool.
After all it's a tangerine sea, electrified
-- in the mourning of all past lies,
feathers of forgotten blues;
-----
Melodia e viola e canto: Pedro Bronka
http://t4c.ventania.blog.br/forgottenplanet.mp3
By news at 11/12/2010 - 16:36
Tapa na cara de José Serra
José Serra agride estudante da USP ao ser indagado sobre assuntos de seu governo no Estado de São Paulo
Corno com Coltrane na Casa do Gnomo
Direção, edição, fazeção de vídeo: Theodoro Condeixa
Roteiro: Gustavo Loureiro Conte
estrelando:
como GNOMO, Theodoro Condeixa
como CORNO, Gustavo Conte
TRANSCRIÇÂO:
Toc, toc, toc.
- Quem é?
- Soube que José, come minha mulé.
- O que é isso camarada?
- É. O é. Sendo então.
- O que você vai fazer, Odair?
- E daí que nada. Shirley, Shirley é tudo pra mim.
Ooooooooooh
By news at 10/05/2010 - 08:59
Rosa de Vento
Um amor, uma rosa de vento;
uma flor de gelo;
um relicário de areia...
Tão livre que ao tocá-la
desfaz, derrete, desmancha;
Enfim uma mentira,
um faz-de-conta,
uma réplica;
Eis a libais fácil representá-la
do que degustá-la
diga quem já usufruiu de tal
eu desconheço
mas a História o fez normal
em todos os textos
esse amor, essa rosa de vento.
By news at 10/05/2010 - 08:51
Lie to me
You conclaimed to fight for freedom
I heard, pal, I even listened...
You speak about liberty
and all about the evil around us
you warn about what other people
do and say and said and done
but actually I'm blue for things not said
but actually I'm blue for things not done
because of the imposed shadow
thrown on us, against my will
trapped in a lie, feeding the lie
crossing the line many times
and blue for things not said
actually blue for things not done
I heard, pal, I even listened...
how can you say
the world is gonna end
to the children outside?
Can't you see that you've lost
so many times
but the world actually
doesn't even mind.
Look up the tide,
it's now coming
in your direction, Mister
Listen very carefully
your world is old
it has come to an end
but half the story has never been told
half the story has never been written
and half the story is pretty old
you conclaimed to fight for freedom
trapped in a lie
look the children outside
they don't mind
they don't mind
but me, I'm just blue
for the things not said
and the things not done
By news at 09/27/2010 - 03:43
Turning point
No princípio era o ponto final.
Um ponto apenas pondo um basta.
Não existia nada. Apenas eterno fim.
Não sei ao certo o por quê --
mas reticentes surgiram mais pontos;
Finais diferentes para a mesma estória;
Então de grupos de pontos fez-se linhas;
e não sei ao certo o por quê --
estas retasam...
Como um berimbau...
e já não eram mais retas
e já não existia só nada;
Enfim existiu o quando,
e de cada vibração em cadena,
surgira a melodia que faz
bailar a eternidade;
daí foi fácil surgir a luz.
-- E com a luz é fácil fazer:
"Fez-se então tudo. "
Como me vem você dizer,
que um dia o Mundo irá acabar,
se já nascemos do ponto final,
logo talvez sequer começamos?
Como me vem você dizer,
que sabe qualquer coisa de Deus,
se como diz o ditado,
há tanto que nem Deus sabe?
By news at 09/23/2010 - 09:24
Nodes
Daquilo que lhe foi
subtraído
do substrato suado
do labor doído
venha com a gente
ao submundo perdido
e encontre conosco
de súbito, amigo
abrigo
Siga nó a nó
da corrente concatenada
trespassando alvorada
numa cadena enfileirada
de luta de jornada
de tantos que passaram
e outros, não passarão
De quando foste
subjugado
e sentindo-se então
submergido
cante um refrão querido
faça da sua própria voz
todos nós
faça enfim sua própria voz
desatando assim
nós
desatando-nos
nós
By news at 09/15/2010 - 08:37
Um Moodle ideal
UM MOODLE IDEAL MP3 (rs)
Olha eu vou lhe hospedar
Como é belo este moodle
Já que nunca deixaram tua aplicação rodar
Eu não limo o server
Tô migrando firmeza
Com muita gentileza
Nunca o HD se acabar
Um moodle ideal
Com privilég sysadmin
Não tem que refazer
os PHP
Até parece um sonho
Jasmin: Um Moodle ideal
Um Moodle que eu nunca vi
E agora eu posso ter
RAM PHP
Quase seiscentos mega com você
Aladdin: Eu num Moodle novo XPGêe
Jasmin: Como é incrível a visão
Neste vôo tão lindo
Vou baixando e subindo
Pro FTP azul do céu
Um moodle ideal
Aladdin: Feito só pra você
Jasmin: Nunca senti tanta emoção
Aladdin: Pois então aproveite
Jasmin: Mas como é bom hospedar
Viver no ar
Eu nunca mais vou desejar voltar
Aladdin: Um Moodle Ideal
Jasmin: Com tão lindas surpresas
Aladdin: Com novos rumos pra seguir
Jasmin: Tanta coisa empolgante
Aladdin & Jasmin: Aqui é bom viver
Só tem XPG
Com você não saio mais daqui
Aladdin: Um Moodle ideal
Jasmin: Um Moodle ideal
Aladdin: Que alguém nos deu
Jasmin: Que alguém nos deu
Aladdin: Feito pra nós
Jasmin: Somente nós
Aladdin & Jasmin: Só seu e meu...
By news at 07/28/2010 - 01:50
Descaso (ode ao Lula)
música: ZELDA orquestrada
LU LA-lá
Tu é meu herói
de toda nação
nosso presidente
eu fico contente
de que enfim existe
um futuro melhor
pro po-vãaao
LU LA-lá
Tu é a estrela
dignamente
vermelha
és bam
banqueira
e tram
biqueira
me sinto
de fato
traído...
"Quando me aliei cas Direita
num era as intenção de ofendê
eu queria só possibilitá
a governabilidade
me perdoa companheirinho
mais pra frente ocê vai vê
o verdadero milagre brasileiro
vai brilhá de esperança
esse país feito um luzeiro!
Tanto pros pobre de espírito
quanto pros rico fazendeiro
tanto pros abastado
quanto pros que não se bastaram ainda
tanto pro que tem quanto o que terá
mais e mais e mais
e eu
eu quero mais!
eu não tenho medo
e eu quero é mais!"
Lulu-la-lá
não não fale assim
até parece
que virou burguês
largou mão de vez
dos famélicos da terra
na hora que é agora
frente a luta final
provaste ser nada mais
nada menos
que humano ocidental

By news at 07/26/2010 - 20:31
Quando Zé Ninguém aprendeu a ler
Pensava cá com seus chinelos
Zé Ninguém, personagem
Zé Ninguém, brasileiro
Zé Ninguém, analfabeto
que o Doutor fez muito e muito
muita estrada, avenida e proibições
para Zé Ninguém e todo povo
chegar mais cedo ao trabalho
e deixar o patrão contente.
Quando Zé Ninguém aprender a ler
vai aprender que isso é Progresso, Doutor.
A sua casa nem é casa, que se diga
cobertura de amianto
barrigona de lombriga
algo que queria tanto
não só Zé chegar ao progresso
mas com delicadeza peço
pra este chegar até aqui
(só não me leve o bem-te-vi)
Podia até trazer uma rua, um saneamento
quem sabe clínica com leito
Doutor, seria meu maior contento
quando a gente jogar bola
seria dentro da escola, olha lá
Ai, pensando com os chinelos
sei de todo teu esmero
mas estão é ocupados
discutindo no castelo
(pra pensar com os chinelos também)
By news at 07/21/2010 - 07:46
Nházinha
Nházinha se me pediu
em casamento antesd'ontem
se me pediu e eu disse Quando?
ela disse que seria depois do dejeunê. ..
Dejeunê o quê, de quem, pra quem
nházinha não pode mexê
com os sentimentos assim de mim, não.
Não sei quié dejeunê eu disse Hein?
sem arresponder, virou-se foi-se e foi. E eu fui.
E nunca mais vortei. Minha vida é assim.
Foice, solidão e capim.
na hora do rango
minha barriga ronca e lembro de nházinha.
Ai se me pedisse de novo.
By news at 07/19/2010 - 23:14
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A Intrépida viagem de Agnes II
Ouvi bater atrás da porta
Eu vi pela fresta da fechadura
meu medo, minha ferradura
parte d'alma torta
o que me ancora roto
e que me esfola o rosto
aquilo que não é certo
mas que é Direito
o que se é deveras
mas não serão deveres
o que é Estado
sem ser nem estar
este obstáculo
ao simples verbo amar
sinto mera sina
em conformar, conformar, conformar.

By news at 07/19/2010 - 22:35
Tugunduntá
Tugunduntá cundu
Tugunduntá cundu
Tugunduntá cunduru
Tugunduntá cunduru
(durum)
Tugunduntá cundu
Tugunduntá cundu
Tugunduntá cunduru
Tugunduntá cunduru
yé yé
By news at 07/11/2010 - 19:49
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Pequena Verdade
Enquanto o BRASIL
admirava-se com o
fascinante ORKUT
e enquanto o MUNDO
admirava-se com o intrigante
LULA PRESIDENTE
nascia um sopro verdadeiro,
pequeno e triunfal
do preâmbulo de um próspero Apocalipse.
O nosso futuro finalmente documentado.
Já tinham filmes sobre o passado
já tinham fotos do presente instantâneo
mas enquanto isso nascia um sopro verdadeiro
pequeno e triunfal, dentro de ti,
que experimentaste tudo isso.
Não seria uma pequena verdade?
By news at 06/30/2010 - 01:41
Algébrica Despedida
ALGÉBRICA DESPEDIDA
----------------------------
Bjones, Marijones = Bjo, tchau!
JONES * ( Bjo + Mari) = Bjo, tchau!
JONES * ( Bjo + Mari ) - Bjo = tchau!
( Bjo + Mari ) - Bjo/JONES = tchau!/JONES
Bjo + Mari = ( tchau! + Bjo ) / JONES
Bjo = ( tchau! + Bjo ) / JONES - Mari
E eis a fórmula do beijo.
By news at 06/27/2010 - 19:20
True Poetry
32 bits version
char _a[11] = { 0x41, 0x42, 0x43, 0x4C, 0x6F, 0x76, 0x20, 0x47, 0x4F, '\n', '\0'};
int _b[18] = { 2, 0, 3, 0, 6, 1, 4, 2, 0, 6, 7, 0, 3, 5, 0, 8, 9, 10 };
int _c;
int main () { for (_c=0x00;_c<=0x44;_c+=0x04)
__asm__ (
"1: movl %1, %%esi;"
"2: addl %0, %%esi;"
"3: movl %2, %%ecx;"
"4: addl (%%esi), %%ecx;"
"5: movl $0x01, %%edx;"
"6: movl $0x01, %%ebx;"
"7: movl $0x04, %%eax;"
"8: int $0x80;"
: "=m" (_c) : "g" (_b), "g" (_a) );
}
64 bits version
char _a[11] = { 0x41, 0x42, 0x43, 0x4C, 0x6F, 0x76, 0x20, 0x47, 0x4F, '\n', '\0'};
int _b[18] = { 2, 0, 3, 0, 6, 1, 4, 2, 0, 6, 7, 0, 3, 5, 0, 8, 9, 10 };
int _c;
int main () { for (_c=0x00;_c<=0x44;_c+=0x04)
__asm__ (
"1: movl %1, %%esi;"
"2: addl %0, %%esi;"
"3: movq %2, %%rcx;"
"4: addq (%%esi), %%rcx;"
"5: movq $0x01, %%rdx;"
"6: movq $0x01, %%rbx;" "7: movq $0x04, %%rax;"
"8: int $0x80;"
: "=m" (_c) : "g" (_b), "g" (_a) );
}
La máquina electrónica
Traté de hablar con usted, pero
una máquina me habló
por eso hablé
a *nadie*
Extraño pero común.
No necesito nada para llegar a usted
pero no puedo llegar
quiero hablar con usted
en una manera pasada de moda
labios, la lengua, ojos y sonidos
letras y canciones, la piel presente
pero ninguna máquina electrónica
por favor, esto me duele.
By news at 06/12/2010 - 14:13
Adendo p'Arnaldo
antes de existir rodinha
existia PAGEDOWN
antes de existir pagedown
existia número de linha
antes de número de linha
existia manivela
antes de existir manivela
existia lápis
lápis
By news at 06/11/2010 - 10:52
Canto do Apocalipse
O primeiro pássaro que voou
depois que a chuva caiu
carregava uma uva
em seu bico de anil
Tinha três poleiros rasos
pra onde queria voltar
Estes tavam alagados
debaixo d'água e do ar
O primeiro pássaro que voou
depois da chuva que caiu
não tinha guarda-chuva
não distinguia rio
Tinha trinta namoradas
quem queria reencontrar
Elas foram afastadas
do palco de avoar
Não avoa mais ninguém,
pensou o primeiro pássaro
mas não desistiu assim
carregando seu fardo, enfim,
o primeiro pássaro que avoou
apareceu sozinho no horizonte
e por mais que pensasse só
a passarada o viu de longe
começaram a cantar
e a cantar não tem primeiro
foi então que todos juntos
começaram a cantar!
foi ouvindo a cantoria
que amanheceu o dia
todos pássaro sobrado
avoando em alegria
Não era o fim...
By news at 06/10/2010 - 17:37
Cão Doirado
quando guri não tinha espaço
pra montá um alasão
meu cão doirado no terraço
assentado como um dragão
Era o dono dessa Terra
ingênuo como eu
só babava sua lábia
e pra rua ele oiava...
quando guri eu tinha um laço
com esse cão doirado
era um cão imaginário
talvez obra do capeta
mas te digo que me salvou
de muita, muita mutreta
não tem nome
não tem mistério
cão doirado é seu nome
cão doirado foi um homi?
NEM DEUS SABE RESPONDÊ
Cão doirado ôoo
Cão doiradôoo
By news at 06/09/2010 - 23:00
IN BIGO reloaded
Foto: Julieta Benoit
a ambiguidade é uma filha ingrata do poeta!
By news at 06/06/2010 - 23:46
By news at 06/06/2010 - 11:22
La cuchara de plata
Preguntas de la cuchara de plata:
Bueno, yo sabía la respuesta.
Y Nada le digo.
preguntaron de nuevo:
Y Nada, le digo, en verdad es la respuesta.
Sin embargo Nada,
Nada es la respuesta
para
todos los cubiertos.
Pero Nada es por la plata
pero Nadie es por mi plata
Dios, los dos a la vez:
Deme pan, deme pan!
-------------------------------------------
agradecimientos a Anna Julia, Te quiero mucho forevis!
By news at 06/06/2010 - 07:38
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
chovem gotas que escuto
mas não as posso ver
pois lá fora está escuro
posso cheirá-las
posso tocá-las
bebê-la
mas não as posso ver
pois lá fora está escuro
quanto a mais e a menos
poderia quiçá sentí-las
por lá fora estar escuro?
e não seria a chuva a mesma
debaixo deste mesmo céu
pois nós também somos os mesmos
homens debaixo da tempestade
pois nós seríamos os mesmos
revelando-se no breu da cidade
By news at 06/05/2010 - 06:00
LINHA AMARELA
------------------
Vão construir nesta canção
um túnel que ligue a imensidão
desta cidade, meu amor
E a cada estação
passando em sua direção
tanta diversidade, e o calor
Cada parada dessa vida
por que paro na linha amarela
eu me lembro do olhar dela
dentre tantos olhares vãos
Aonde quer que eu fosse encontrá-la
lá também você estava
pois gravei seu nome nas placas
e a plataforma você se torna
Toda vez que passo e passarei
ela preenche os espaços
com seus olhos de adeus
E ao longo de todo tempo dessa vida
e todos trens, lembrarei dela
gravado seu nome, por toda linha amarela.
By news at 06/03/2010 - 16:10
Santuário
Eu estou aqui sentado
vendo as pessoas passar
como as correntes do Mar
ouvindo o som das águas passar
e percebo que estou aqui sentado
num decerto santuário
onde talvez tudo começou
esta história de perceber
que de todos os meus sonhos
eis o único que restou
eis o único que vale à pena
tanto no mundo quanto em cena.
Vejo nítido como um teorema
tudo o que é e será, enfim boa
já que és a metade de minha pessoa
era algo por mais que eu
daria a vida
é justamente aquilo por quem
quero viver a minha vida
além de deixar-me cantar
tu me ensinaste a voar
tu me ensinaste a amar
e me dará coragem
de enfrentar o Mar.
By news at 06/03/2010 - 07:30
Telefonema
Ela me mandou aposentar a navalha
já que nunca fui malandro de verdade...
Exigiu que eu tratasse da minha cabeça
mesmo garantido que o parafuso que falta
foi perdido logo logo na viagem de chegada
a esse mundo que nos esculacha e ralha
nos usa nos cai em desuso e parte ao meio...
Como com ela eu sou inteiro
toparia qualquer parada
faria esporte, tipo natação
teria pela saúde, consideração!
se ela quisesse
eu parava até de pitá
perder tempo, perder o lugar
e permitiria ao mundo, me valorizar
botava logo a mão no canudo de papel
e compraria finalmente aquela estrela no céu
Enfim, posso abolir toda a boemia
Só não me peça pra abandonar a poesia
por que no caso isso seria
abandonar você
já que és minha musa verdadeira
caminhando nesse mundo
minha canção inteira
por ti, deixo de ser vagabundo.
By news at 06/02/2010 - 00:19
Questão de encaminhamento
Permita mudar o foco
de nossa discussão
mas antes, um mero adendo
acerca de nosso proceder
A aurora do Sol que brilha
é testemunha e está envolvida
na questão da discussão
em paE eis o encaminhamento
mudando agora o compasso
porque a Lua
sabe dos fatos
Foi no dia que sobreveio a noite
Foi na hora que a festa acabou
o poeta não mais rimou
e a musa
adormeceu em meus braços
Só que jamais revirei a página
desta noite quente cálida
manteve-se para sempre
madrugada
Tu, desiludida
e a musa adormecida
ó poeta, faça amanhecer
por favor poeta
faça amanhecer
By news at 05/30/2010 - 23:41
Por que pra quê?
Acabaram as palavras
acabou a ilusão
não há o que fazer
não tenho plano de ação
Acabaram os pedaços
partidos, espalhados no chão
foram todos recolhidos
do peito, estes estilhaços...
Mas não vou juntá-los;
porque meu inteiro não é nada demais
o inteiro não vale à pena
eu inteiro também não trará paz
Prefiro permanecer partido
mais quieto e de bobeira
antes de tomar rasteira
pois já caí sozinho
e não foi culpa da bebedeira.
Se ao me ver, notar defeitos
de uma pessoa quebrada e partida
não sinta dó ou desprezo
cuide da sua vida.
Insisto que desisto de procurar
Desisto de insistir completar
agora não me falta mais nada
já tenho a alvorada
e sim, já basta.
By news at 05/28/2010 - 13:30
Orixás Nórdicos
-------------------
sSCHUBERG!
SCHUBACCA!
e ssSCHU. . .
Uhhhhhhhhh
By news at 05/25/2010 - 19:23
GONES AWAY
Felicidade as vezes voa,
e vai embora a procura,
de um canto em outro canto
um tanto quanto
se altera
se esquiva
pra poder saber voar.
Felicidade é um pássaro
que muda seu cantar
Felicidade não é muda
Felicidade tem que mudar.
A alegria é tudo aquilo
que podemos sentir
Felicidade é um pássaro
que quando volta
vem sabido
de nos fazer, sorrir.
O meu pássaro se avoou
eu guardo uma alegria
o guarda de meu sentimento
é a senhora nostalgia
eu sei que quando voltar
Felicidade vai me trazer
daquele canto um novo canto
tanto quanto fiz por merecer.
By news at 05/25/2010 - 02:20
Viver como poesia (andar em um chapéu mexicano)
sóbrio
o sombrero
sobraria
- Tequila?
- Qui-la!
Ah, te qui-la,
ó vida,
de poesia;
By news at 05/24/2010 - 17:28
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Drink bonito
Recomendo a todos
um drink bonito
vermelho, escarlate
numa taça style
recomendo a todos
que são feios e bêbados
como jo lo soy
um drink bonito
que seja chamativo,
docemente perigoso,
sim.
By news at 05/23/2010 - 13:29
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Happy Stuff
Fomos pra Dona Ieda, sambá
beber e cantar de coisas magníficas
vieram até os homi
mandados pelo delegado
mandou parar o coro na avenida!
Por celebrar o cordão que persiste
nesse enredo que consiste
numa corrente eterna,
um elo de ligação,
uma corrente que não prende
mas liberta o coração
Expurgo os males desse mundo,
quando estou com vocês:
homens, mulheres e crianças
artistas da bem-aventurança
obrigado por essa alegria
Ah, alegria!
By news at 05/23/2010 - 11:55
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me perdoe por perdê-la
Eu estava tão triste
agora finjo que tô não
não é só a recordação
do teu olhar de amargura
mas é pura disritmia
está em mim uma loucura
uma marca do capeta
uma escarificação
auto-incidida
incendiando minha vida
minha mente
e nossos corações
me perdoe
por perder o estribilho
me perdoe por perdê-la.
By news at 05/22/2010 - 11:58
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Nossos sonhos
Dos sonhos singelos vividos
ou construídos,
ou sonhados em vão
Daquilo que era certeiro
vem derradeiro um imenso "não"
temendo que a tua mocidade
por fim se desgaste na minha prisão
prefiro, partindo sozinho
perdão, partir seu coração
Mas saiba que o meu caminho
estará marcado com riscos no chão
para que algum dia entre os janeiros
se quiser me encontrar
estenderei a mão
Não deixe que a chuva da tristeza
encharque a beleza do nosso trilhar
e se acaso acontecer de nos perdemos
levarei comigo esse teu olhar
a dor, e a alegria de ter sido
brevemente
parte do teu caminhar...
By news at 05/18/2010 - 06:57
Tanto mar originar
By news at 05/11/2010 - 18:34
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500 miles
By news at 04/24/2010 - 09:16
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./
By news at 04/23/2010 - 16:49
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Buenos dias!
Land of Song!" said the warrior bard,
"Tho' all the world betrays thee,
One sword, at least, thy rights shall guard,
One faithful harp shall praise thee!"
The Minstrel fell! But the foeman's chain
Could not bring that proud soul under;
The harp he lov'd ne'er spoke again,
For he tore its chords asunder;
By news at 04/17/2010 - 09:42
No BETA for me, dude
I WANT TO FRY
IT AWAY
Yeah yeah yeah
Thank God
they didn't gimme
my ROM
CHORUS: (StarCraft 2 BETA)
It was the most
important thing
of my life
By news at 04/13/2010 - 07:02
[]'s, Apple ][
"This ballad is about nostalgia"
Can you do it;
can you handle;
would you suffer:
with BASIC again?
No TCP stacks;
not much to overflow...
Would you phrack;
with a modem!
Just for old times...
But this time:
time would not be precised.
(CHORUS: Time and date,
Date and time)
The clock would tick in a different way
Hey, hey
Our hearts beating while it builds an array
Hey, hey, hey
But could be fun
should be fun
to listen to that funny BEEP
once again
(CHORUS: once again...)
So gimme my ROM
fucking Steve
(CHORUS: GIMME MY ROM)
By news at 04/12/2010 - 23:12
Mé
mé:
molha as palavra,
meio mussum.
mé.
By news at 03/28/2010 - 14:02
Janelas da Agonia
Janelas da Agonia (The Windows of Agony)
--------------------
Windows está para SO
assim como turberculose
está para pulmão
acredite, meu irmão
assim como DOS era dose
e veio do pó e ao pó voltará
embutido num MS Nice Try
com Vista para o inferno
thru the Gates of Hell
um sistema moderno
uma eXPeriência intensa
repleto de fel
muitas, muitas dores de cabeça
defenestrem este Mal
and take me now
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Porvir, você
PORVIR, VOCÊ
Pensaria em você
antes de decidir
ficar ou partir
matar ou morrer
pensaria em você
pensaria ne mundo
que cultivava para ti
De todas aquelas coisas
verdadeiras, importantes
tudo que o mediocre nega
que o tosco acha desinteressante
todas as pequenas coisas
tão grandes tão inteiras
Pensaria em você
como uma música ligeira
antes de assinar meu nome
antes de lançar minha sorte
pensaria antes de tudo
em ti, companheira
um dia quis mudar o mundo
para meu próprio egoísmo
hoje quero criar o certeiro
quero o amanhã possível
para quem vem...
tudo por vir você
tudo ao ver você
tudo por vir você
tudo ao ver você
e para quem vem...
By news at 03/22/2010 - 16:59
Peterson
Para uns, marca de cachimbo.
Para outros, surfista ilustre.
Para mim, Peterson.
Nada mais.
Para o fuso, relógio
para a bomba, ódio
pára-raio, para mim.
Nada mais.
Para quê, então?
Para nada.
Pára. Pára.
Nada mais.
By news at 03/19/2010 - 01:10
The Peterson way
Sempre procurei você, Senhor Dudley.
Um ser de terno e gravata,
cartola e uma mágica varinha
que conjurava a maldade do mundo
pra que eu pudesse culpá-lo por tudo
que há de errado nesta vida, Sr. Dudley.
Pelos filmes do Pato Donald, Mickey
Mickey Mouse e o Criança Esperança
(e as crianças, Sr. Dudley?)
Essa estapafúrdia que não aguento mais
chega de poesia!
eu não aguento mais.
eu, não aguento mais...
By news at 03/19/2010 - 01:03
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Prato feito
Não sei porquê pensei em faisão
talvez fosse um erro de cálculo
nas constelação
talvez que não tivesse
sequer explicação
talvez só quisesse
rimar com ão
poderia ser dor de coração
poderia vir docê, irmão
ou não.
ou não.
Ontem comi um faisão
fazia tempo que não comia
faisão
fazia mais de cinco encarnação
mas tudo bem
tenho escova-de-dente
escovei-o-dente
tá tudo clean
tudo bright
tudo very right
divino maravilhoso
porque quem come faisão
não tem que reclamar da vida
entendeu?
By news at 03/19/2010 - 00:59
Dreams of a sysadmin
“You must go to Finland with the License” – said the piper at the gates of freedom.
Freedom was a great habit indeed those days, these parts of the land.
Dawn. Now it was time.
He mounted the animal and rode beyond the horizon.
These are the stories of the License bearer and his way to the sands of the Desert...
“You must go to Finland with the license...” – then I woke up. Damn. Too much pizza last night.
By news at 02/10/2010 - 10:14
Chove tu
Dia à dia o ar não se move
e o tom mi não faz mais acorde
meio que quis um mote
que vai do azul, pro puro blues
Gana, teimo mais neste bofe
dera os óio, pedacinho inteiro meu,
pr'alguém que curasse e cantasse
pensava eu
Solfejai, e crê, só em sete:
Chove-me Chove-me
Sei que se chove-me
funde-me funde-me
garoa e funde
chove-me chove-me
primeiro que chove-me
vinde-me vinde-me
(já sei que me oprime)
quando cai, que me acerte a chuva
chove-me chove-me
sei que se chove-me
funde-me funde-me
jorrar purifique-me
eu não quero a mim; eu quero a tu...
By news at 12/22/2009 - 09:00
ruflar
Eu acho
que dessa fruta
que eu e tu comemos
inda resta bruta
inda resta ao menos
um cacho
eu dispacho
e te dispenso
o meu pesar intenso
só quero o contento
pra lhe dar de fato
por não saber
como lidar com a solidão
e por não ver
que a saudade
canta na memória
é uma linda melodia
é nossa história
Vem o ruflar
de uma borboleta
pra nos livrar
do esquecimento
destes belos dias
com teu acalento.
By news at 12/17/2009 - 15:07
TILONORRINCO
Me encontro numa sala de aula,
numa aula de Espanhol,
mas no tablado não há professor;
foi levado pelo poder reinol.
Trata-se do rolo compressor,
da imbecilidade que enjaula,
do ódio que fuzila
e de dor arraigada.
Trata-se, acima de tudo, do medo,
das maquinações da mesquinharia;
ao fidalgo e o coronel, aponto dedo
e ao sacedorte lhe esfrego liturgia
pois Deus não perdoará esta maldade
quando bombas destruíram a cidade
pois Jesus não salvará sua alma suplicante
quando orfãos foram feitos os infantes
e Nossa Senhora tão doce e cativante
cerra os olhos e os condena,
lhe dá as costas sem pena
não fará parte deste esquema.
Peço apenas que a História
refresque a humana memória
Nós sabemos quem são vocês
e não permitiremos que
insista em sua empreitada fascista
ó, puta minoria
armada com artilharia
guiando blindados e avião
verve o sangue no chão
verve o sangue coagulado
há escarlate jamais limpado
soldado da negra bandeira
por quem fostes patrocinado?
E você, do século XXI, carola!
quando for estudar História:
dos livros ensanguentados
escorrerá a podre e genocida
verdade Católica
assassina, manca e insana,
desesperada, intoxicada e Romana
torturadora e insólita que
'inda diz-se Apostólica.
Hoje pairam sobre as águas os espíritos dos que lutaram
ecoam pelas montanhas seus gritos de campanha
que nenhum pássaro alce vôo ignorante, da responsabilidade
de defender a liberdade;
Conceito que mal existe,
mas quando a maldade persiste
nada fica mais
claro desta deusa aceito um trago
inspiro, encho o pulmão
viro enfim um balão
viro um Zepellin gigante -- um Zepellin,
por quê não?
Um dia enfim como pássaro
terei garras como as suas
mas meu canto será Lázaro
capaz de conjurar verdade nua
pois cada espírito que paira sobre a água
se erguerá novamente em mágoa
com a vendetta deflagrada
ververá sangue em enxurrada
faremos tudo de novo -- ninguém vencerá o jogo
cada vez mais dor e menos compaixão
eu sei, eu sei disso, irmão.
Mas não perdoarei, não esquecerei e vocês não passarão.
Maldade se trata com maldade; Seu ódio é o seu medo;
e meu medo é meu sofrimento: já que meu ódio é meu intento.
Por tudo que te condeno tua porcaria me provou
que somos iguais,
sim eu sou.
By news at 12/06/2009 - 13:26
A charada do Dr. Bazzaneli
* * *
De nada compreendo acerca dos espíritos da floresta. Deora da partida. Princípio do matutar, ou o príncipe do Tempo; precipício entre o presente e a memória. Danado era aquele de que lhes digo agora. É.
By news at 11/30/2009 - 23:47
Ma pipe n'est pas Magritte
Ma pipe n'est pas Magritte
num tubo de estalagmite
disse o cabra pitadeiro
fumando o mundo inteiro
num tubo de sabugo
de milho verde estrangeiro
Pga
donde vinha esse homi
diz que veio tentar a sorte
há mais de um milho de anos
falava línguas, falava altaneiro
era homi digno, e forasteiro
tinha muita idade
mas era baladeiro...
ô ô sinhô do pito do cachimbo
vem dançar na ciranda comigo
vem fazer da fumaça cheirosa
um anel de rosa pra gente girá
mas num vai dá num vai dá
já que o Serra proibiu
todo mundo de fumá
miou o saci e o Tom Bombadil
vai todo mundo pra casa
e esse estabelecimento
será multado ô ô
será autuado a a
By news at 11/28/2009 - 11:10
ZINABRADO
Automate software
Configure disk
Communicate peripherals
Debug Operating System
Design utility
Diagnose network
Document hardware
Fight Fire
Install
Learn
Monitor network
Meet personal
Plan security
Research application software
Schedule policy
Test WWW
Train Personal
Break user environmet
dedicated to Barbara Dijker
By news at 11/06/2009 - 06:11
Perguntas a Antonio Gramsci
Perguntas que Antonio Gramsci não saberia responder
Hardware. É a matéria-prima e meio por onde é possível fluir e executar o software.
Software. Tudo é plenamente capaz de se tornar software. São feitos softwares para a Europa, programas para o Capital, programas para a Coerção, programas para o Estado e programas privados. Softwares hoje em dia são parte integrante da superestrutura e só tendem a imbricar-se ainda mais no exercício desta função.
By news at 10/26/2009 - 20:42
Pirilampo
Sim, sim, colega. O homem vive simples e puramente por duas coisas: memórias e sonhos. Sonhos e memórias são feitos de palavras, meu amigo. Mas que não seja por conta disso, pensar que os homens são feitos de palavras! Na realidade, o homem é feito para as palavras.
Fábula sobre as montanhas e o riacho 07/1999
By news at 10/22/2009 - 22:58
Zé Calixto
Zé Calixto está ausente
Zé Calixto está ausente
dois mi ré para um parente
ele era devedô;
da recessão,
ele era pagadô;
com seu trampo, sua viola
tão pouca escola
de doutor frequentô
mais os mi ré
que devia ao parente
sem rodeio, sempre em frentAgora vive no alambique
lá na mata,
esta vida tão ingrata
ele desbravou. . .
By news at 10/14/2009 - 17:57
Quando param os relógios
Ele vai para a balada para dançar, parar o kairos no meio do ar; Ele dança, lança quando param os relógios, Ele dança, lança quando param os relógios, parafernália de medir nosso paradoxo atômico;parabólica ação de revirar os pescoços; o coringa do baralho dobrando a ampulheta, dando 171 no cosmos; Se seu Deus é um cabra barbudo então o cordeiro do seculo XXI é o display digital da guerra biológica global; Termonucleotídica transgênica, alada de escudos anti-míssel espacial; Ensandecida de bandeiras de cores transparentes, ideologias insípidas que não se conferem preto no branco, mas: Ele foi para a balada para dançar.
Ele dança, lança quando param os relógios, Ele dança, lança quando param os relógios.
By news at 09/07/2009 - 01:28
Lá vem o [email protected]
Pata aqui, pata acolá
La vem o [email protected]
Na empresa sempre há
O [email protected] pateta
Clicou no anexo
pra ver a vizinha
pelada, e perplexo
instalou por inteiro
de tróia, um cavalo
Levou um coice
também um pedalo
Correu o cabaço
desse sopapo
mas foi enquadrado
pelo contrato
demitiram o moço
por essa mazela
vejam que osso
melhor fechar a janela.
By news at 08/09/2009 - 14:02
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Chocolate Branco
Chocolate Branco
Morderia o vazio perto de teu busto
feito de chocolate branco
e você se deliciaria imaginando
o seu próprio gosto de chocolate branco
lamberia tua pele de neve feito sorvete
de creme com pitadas de morango
ruborizadas tuas maçãs da fronte
com pintinhas travessas, feitas
sementes de morango
És doce como o mel de teus olhos
que derramam doçura e não tango.
By news at 06/17/2009 - 00:26
O caipira, a caipirinha e a caipora
O caipira, a caipirinha e a caipora
Chegara a hora
agora aurora
feito o trato
com a caipora
se levantou
era senão saci
porque ali
muito se sentou
cambaleou
e rodopiou
era então um boi
negro como negra a noite foi
e como menino
se reajeitou
e todo açoite
daquela noite
se devaneou
toda desgraça
dessa cachaça
deliciosamente
de graça
a vera caipora
lhe ofertou
novamente
na ciranda
esticou a pança
e num tambor
se entoou
regressou do reino de Oxóssi
com a caipira
que a caipora
lhe deixou
By news at 06/15/2009 - 09:57
A guia do navegante
A guia do navegante
Anna você não me engana
teu olho chama
os barcos de volta ao cais
sao dois faróis
uma chama e dois sóis
um luzeiro que o faroleiro
que o criou
criou também Deus e o mundo
carrega bem forte no fundo
a guia da inspiração
o navegante
perdido na noite escura
encontra no olhar desta musa
o caminho para a embarcação
até o cego pelo canto dessa sereia
são e salvo volta para a areia
tamanha sua sofisticação
portanto não são só seus olhos
nem tua boca
nem minha palavra que é tão pouca
que cantariam uma estrela
que para mim solfeja
o poder da criação.
By news at 06/13/2009 - 03:29
Quando param os relógios
Quando param os relógios
em seus eixos
trabalham trabalham
rodando aos pares
de rodas dentadas
mimetizando o infinito
um giro é uma linha sem fim
ponteiros mastigam o devir
e o som do segundo
arremata o vier do porvir
Se o pêndulo pára
o Tempo não pára
do alto da torre
um sino fala
que a hora chegou
nossa hora chegou
mas muito antes
do inglês ver
azaléia do jardim desabrochou
Toquem os apitos contentes
que anunciam o fim do expediente
Hoje eu comeria
arroz, espinafre, beterraba e frango
mas desisti do meu rango
pois fui te apanhar esta flor
lutei contra o relógio
para parar o tempo por um momento
são pulsares da eternidade do amor
se houver o seu consentimento
aceite esse presente
que também no tempo parou
por um punhado de instantes
ela será jovem esbelta flor
depois os ponteiros tornarão
a deglutir os momentos
ela secará, nós envelheceremos
aceite enquanto há tempo
de parar o tempo
By news at 06/09/2009 - 13:01
A Guerra que quero para ti
A guerra que quero para ti
Na artilharia, livros ainda
bombas de flores
e palavras como munição
das largas planícies
vê-se surgir veículos motorizados
são movidos por abraços
das rodas girando no chão
há também a batalha pela informação
e tudo que a Inteligência produzia
era conhecimento então
e permita-me dizer
que não havia sofrer
pois os prisioneiros de guerra
viviam em dulcíssima prisão
ademais abandonar as celas
era simples a beça
pois a poesia
a chave seria
para retornar a liberdade e a vida.
By news at 06/08/2009 - 16:23
IN BIGO
IN BIGO
O poeta finge a dor
perante a esfínge
O poeta é ilusionista
do enigma, malabarista
decifra além
do que alcança a vista
bem debaixo
de vossas narinas
não serve pra nada
não serve a ninguém
sua pena é a espada
tanto a dó quanto a emboscada
o poeta quando ambíguo
está olhando
para o seu umbigo.
By news at 06/01/2009 - 12:03
Cordel da Agricultura
poesia de Gustavo Loureiro Conte
música de OXENT GROOVE ( Arabaião - Trama Virtual )
Cordel da Agricultura
Treinando pra sentá a pua
no bloqueio continental
Me falaram que o pobrema
que assola o sistema
dessa constelação política nacional
é a repressão comercial
me falaram que o edema
que impede os esquema
é o desaquecimento global
Desaquecimento global de quê?
More na economia me falaram
desencane da rima
se países ricos não cortarem
subsídios agrícolas
este país tomará tenência
ainda leio em revista
Mas cale a luta, fórça
olha o calo da cosa-nostra
pra esse Fundo, FMI,
que enrosca
em cordel vai a aposta
se teria culhão
de financiá as nossa plantação
seus dólar, eu dispenso!
por cem tonelada de BOSTA
pra adubar
nosso sertão
By news at 05/28/2009 - 17:16
Cozinhando Repolho
poesia de Gustavo Loureiro Conte
Cozinhando Repolho
Amanhã sonharei um sonho
mais que enfadonho
em que sou cheio de capital
terei mulher que não me ama
terei colher de prata Nacional
carros velozes, canudo de papel
e no meio da pompa você me chama
eu caio da cama
da cama do bordel
eu hoje moro num bordel
mas amanhã sonharei
que estarei no céu
Licitações só eu que ganho
serei chamado pra discursar
como cheguei tão longe na vida
Publicarei livro autobiográfico
monográfico e com projeto gráfico
serei chamado pelo Fantástico
a Federal vai me prender
e o Federal vai me soltar
o presidente vai dizer
"Desculpa, patrão do Brasil"
Vou comprar uma estrela
batizar com teu nome morena
e você vai me amar
mas hoje em dia eu moro num bordel
e ontem eu sonhei
que alguém vai me matar
Meu medo vai se acabar
pois vou erigir uma muralha
uma cerca alambrada
impossível de penetrar
Terei cachorro de guarda
homens meus vestindo farda
meu sequestro será uma farsa
só pro jornal monopolizar
e no final da minha vida
ou do meu sonho enfadonho
lembrarei de ti querida
lavando meu boné tristonho
e cozinhando repolho
poesia dedicada ao blog
http://queroserumrepolho.blogspot.com/
By news at 05/21/2009 - 10:41
Julgamento da Rosa
De tuas belas palavras
Dizer que a rosa é inocente
dizendo a rosa é inocente
mesmo toda vida amarga?
Para que servem os espinhos
desta flor que corta meu peito
cortando meu peito esta flor
sangrando meus caminhos?
Meu sonho me condena
Te pergunto quem eu sou
Te pergunto quem eu sou
e tua franqueza respondera
que carregar uma rosa
é fardo de cada um
é fardo de todos nós
ao mar desde a foz
eu prefiro um peito triste
e mesmo assim ver o futuro
não de forma indiferente
Se debaixo do mesmo Sol
não há nada de novo enfim
se minha trilha desordena
tortuoso, mas mesmo assim
meu caminho é contigo, rosa
mas não és inocente
mas não és inocente
te acuso por ser formosa
By news at 05/20/2009 - 09:49
A mesma cidade
música: Bruno Aguiar
violão: Theodoro Condeixa
poesia: Gustavo Loureiro Conte
mote e poesia: Bruno Aguiar
animação espiritual e poesia: Theodoro Condeixa e Marijones
mágica: Flávio, o Mágico
foto: Julieta Benoit
BAIXE aqui a MP3
--- http://t4c.ventania.blog.br/cid-ainda.mp3 ---
A mesma cidade
a cidade continua
sempre a mesma
suas ruas
e tem a Lua ainda
um bebado cantor
continua caminhando
sua dor
e é equilibrista ainda
um cão pastor
começando a sua ronda
matutina
e é polícia ainda
se encontrando
na avenida
um farejou
outro arrotou
os dois latiram ainda
ambos perdidos
da matilha
seguiram seus rumos
e seguem ainda
By news at 05/20/2009 - 08:35
Amor Transgênico
As folhas despencam
numa miríade de secura
canta o amigo
uma canção mais pura
Plantei, cultivei, flori,
colhi, degustei, cantei
Amei
Porém as folhas despencam
numa miríade de secura
Árvore que se recusa
a novamente prover;
seus frutos não existem mais.
É que hoje em dia se ama
como a Monsanto planta:
germinando sementes alopradas.
Eu quero um amor sustentável
que regenere-se pela renovação do fogo
que seja esplendidamente regado pela água
que multiplique-se espalhando pelo ar
que recicle a terra
Vamos aprender a amar
e salvar o mundo
por favor
By news at 05/19/2009 - 12:34
MAL FINDA O POEMA, O RAPAZ ESTARÁ DESEMPREGADO
Tem sede de sonho
enfadonho
ao solo seu suor
encharca sóbrio
surge na soleira
lembrança da vó
o Sol sabe
mas não dá dó
música então
música pra solidão
foco no lavradio
o som do solo
incendeia suor
o sol sabe
mas não dá dó
e sonha sóbrio
tem sede, só
Sonhando sons
suspiro sórdido
eita chão pra arar
eis que surge uma máquina
que não sua, não sonha, só soa
soa como um final trágico
pro rapaz que lavrava o árido.
By news at 05/14/2009 - 12:58
-A cidade nunca esvazia-
Onde estamos?
Estamos no meio da rua
cercados pelas paredes nuas
mirados exclusivamente pela Lua.
Se áspero no escuro tateia
uma asfáltica textura crua
o satélite na fase cheia
acima dos prédios ou muros
Onde estamos?
Estamos sentados num túmulo
encostados nesta lápide púrpura
incapazes de ler suas escrituras.
Semáforos norteiam um ritmo
como pistolas, armando-se cínicas
soam, operando cíclico
calibrando, Ordem, Avenida!
Onde estamos?
Estamos abraçados a um poste
semi-deitados porém de pé
se enrolando tocando avoando
sentindo mesma doce agonia
amarga felicidade,
quando o raiar do dia.
Pois a cidade, nunca esvazia.
By news at 05/12/2009 - 12:55
Ode ao Silvio
Silvio Santos herói brasileiro
hasteando formoso estandarte
viva seu multicolor pandeiro
viva este arauto da arte!
Sistema de TV brasileiro
que nos trouxe de janeiro
a janeiro, Chavez!
Óoo Santo Silvio
Eu também quero dinheiro
Óoo Santo Silvio
Eu também quero dinheiro
Silvio Santos herói brasileiro
hasteando formoso estandarte
viva seu multicolor pandeiro
viva este arauto da arte!
Salve, salve os artistas que criam
mas glória infinda aos que copiam
Salve, salve os artistas que criam
mas glória infinda aos que copiam
By news at 05/12/2009 - 10:06
Sobre a solidão
Solidão, que tipo de solidão?
aquela que corrói por ponteiros deglutidos.
aquela que risca de giz o chão.
Solidão, que tipo de solidão?
aquela como a carestia de pão.
aquela que angustia então.
Ser e estar de si sendo não
queria eu dizer sim
mas me nego e digo não.
By news at 05/10/2009 - 10:40
Marasmo
imundo
desmundo
o mundo
mas mudo
nada
e mudo, falaria
que lugar de poesia
é na calçada
By news at 05/07/2009 - 12:12
SOB O TAPETE
------------------
SOB O TAPETE
------------------
Tecer o que poderia ter sido
algo que ainda não tenham tentado
que seja novo, diferente
ignorar o espectro e o pó
das rosas mal-resolvidas
de nossos pais, nossos avós
Será preciso encarar a responsa
além de arcar com o que nos foi legado
não urge o resgate do passado
insta a remissão do futuro
será preciso olhar para frente
face-a-face com o problema presente
bem debaixo de nossos narizes
e que não cabe mais sob o tapete
por Gustavo Loureiro Conte
By news at 04/29/2009 - 13:36
Poesias para limpar a bunda I
POESIAS PARA LIMPAR A BUNDA
por Gustavo Loureiro Conte
1aedição
-O TELEGRAFISTA-
Escrevo uma carta para meu amor
numa garrafa embarcada em sua direção
desde que a chuva ácida descasca nossa pele
e o Sol despeneirado a carcaça aquece
palavras para aliviar o temor
dos homens com metralhadoras de repetição
não tema os cyborgues que ferem
que a água cristalina encharca e esquece
as armadas calam-se com um forte rufor
nossos peitos que batem, como um tambor.
Humano-homi, vero impostor.
_Cordel de Gelo_
By news at 04/29/2009 - 13:26
Toda ventania começa com uma brisa?
Mon, 08/22/2011 - 05:00
Brisa, não precisa
precisão na vida
a única coisa que se necessita
você já tem, emoção irrestrita
eu meio que invejo
tua perícia
em sentir o que vêm à vista
o que vier
sem a vaca ir pro brejo
não perde a malícia
nem a elegância
me inveja essa gente
que se destaca com tanta temperança;
Esse povo avançado, temperado
essa sutileza até com o demasiado
toda Ventania começaria com uma Brisa
Toda Ventania começa com uma Brisa
-A cidade nunca esvazia-
Onde estamos?
Estamos no meio da rua
cercados pelas paredes nuas
mirados exclusivamente pela Lua.
Se áspero no escuro tateia
uma asfáltica textura crua
o satélite na fase cheia
acima dos prédios ou muros
Onde estamos?
Estamos sentados num túmulo
encostados nesta lápide púrpura
incapazes de ler suas escrituras.
Semáforos norteiam um ritmo
como pistolas, armando-se cínicas
soam, operando cíclico
calibrando, Ordem, Avenida!
Onde estamos?
Estamos abraçados a um poste
semi-deitados porém de pé
se enrolando tocando avoando
sentindo mesma doce agonia
amarga felicidade,
quando o raiar do dia.
Pois a cidade, nunca esvazia.
Foto: Julio Mariutti
GNU/GIMP: guz
By news at 01/14/2003 - 07:41
Poesias para limpar a bunda I
Wed, 04/29/2009 - 13:26 — news
POESIAS PARA LIMPAR A BUNDA
por Gustavo Loureiro Conte
1aedição
-O TELEGRAFISTA-
Escrevo uma carta para meu amor
numa garrafa embarcada em sua direção
desde que a chuva ácida descasca nossa pele
e o Sol despeneirado a carcaça aquece
palavras para aliviar o temor
dos homens com metralhadoras de repetição
não tema os cyborgues que ferem
que a água cristalina encharca e esquece
as armadas calam-se com um forte rufor
nossos peitos que batem, como um tambor.
Humano-homi, vero impostor.
_Cordel de Gelo_
pois POR AQUI TAMBÉM CHOVEU, Diadorim,
que não é qualquer boiadeiro.
Se um dia dos seus olhos, morena, escorrem salgado Mar, tento a tempestade enxugar, com tu própria,
pedaço de mim. Pois se o que surge é quase-poesia, desagua da mesma fonte donde em ternura brota
cafuné: ocê. E se versos florescem, se alumiam pelo candeeiro de uma única mulher. Não te chamo de
Sol pruquê pra ele, diretamente, num consigo oiá. E só não te chamo de Lua pruquê ela é fria de se
encostar.
Cá se o mundo é uma viola, Mi corresponde sua corda! Pois se Lá, em futuro incerto quanto minha
existência, buscarei afinar minha essência alembrando meigas piscadas dos seus dois horizontes. A
beleza de seus olhos também salga minha boca.Nunca me impeça de beijar sua fronte. Você é o
eclipse, metade da minha pessoa.Única sonância desde que o mundo começa até onde terminaria. Ca-
Mi-La.
-A Menina é Fogo, a menina é Bárbara-
Loura dos olhos d'água
que é água; mas é fogo.
Mironga de moça branca
quando seu sorriso canta
parece vinda da terra
me soa que plantas
pra defender a tonga
do suor dos seres humanos.
Sendo bruxa,
não deixa de ser princesa.
Sem delonga encanta
sua palidez por dentro é Negra
como as deusas da Umbanda
Carrega como uma menina séria
as sementes mais importantes.
Sendo donzela,
é uma mulher realíssima.
E sendo pacifista
não deixa de ser guerreira.
Incoerência nenhuma já que é brasileira.
AO MAXIMILIANO, o MATERIALISTA
------------------------------
O fisioterapista materiliano
indaga ao meliante
na virada do novo-ano.
Acerca da fisiocrácia,
beirando o ledo engano,
Se a rosa-nova do ano-velho
...boiando no oceano...;
é nova ou velha?
ficará nova ou flácida
desse girar a roda, cego,
Passado, algum instante;
Antes Max só queria uma rosa.
"Embrulha pro Presente, agora."
.Cordel da Agricultura...
Treinando pra sentá a pua
no bloqueio continental.
Me falaram que o pobrema,
que assola o sistema,
desta constelação política nacional,
é a ?repressão comercial?. .
Me falaram que o edema,
que impede os esquema,
é o ?desaquecimento global?. .
Mora na economia,
Desencane da rima!
Ainda leio, em revista:
Não é discussão conjuntural.
A desfervência da Fazenda.
Tampar o bule não compensa,
pois falaram que o pobrema
?especula? a consciência. .
Mora na economia,
Desencane da rima!
Ainda leio em jornal:
́Se países ricos não cortarem subsídios,
este país tomará tenência! ́ .
Mas cale a luta, força,
olha o calo da cosa-nostra!
Pra essa ́Fundo ́, que enrosca,
em cordel vai a aposta!
Se teria culhão,
de ́financiar ́ NOSSAS plantação.
Seus dólar, eu dispenso,
por cem tonelada de BOSTA,
pra adubar, nosso Sertão.
-A cidade nunca esvazia-
Onde estamos?
Estamos no meio da rua
cercados pelas paredes nuas
mirados exclusivamente pela Lua.
Se áspero no escuro tateia
uma asfáltica textura crua
o satélite na fase cheia
acima dos prédios ou muros
Onde estamos?
Estamos sentados num túmulo
encostados nesta lápide púrpura
incapazes de ler suas escrituras.
Semáforos norteiam um ritmo
como pistolas, armando-se cínicas
soam, operando cíclico
calibrando, Ordem, Avenida!
Onde estamos?
Estamos abraçados a um poste
semi-deitados porém de pé
se enrolando tocando avoando
sentindo mesma doce agonia
amarga felicidade,
quando o raiar do dia.
Pois a cidade, nunca esvazia.
-Little birdie, why do you fly upside down?-
Se surdos lamentam ao piano
Se cegos guiam loucos,
e muitos poucos loucos desmamam.
Mamãe,
em seu mundo não-mudo
onde mudos gritam roucos
e muitos poucos doidos se enganam.
Passaria uma canção,
pelas frestas entre nossos planos?
-Reforma Universitária-
Dondocas donzelam diplomas
currículos carregam cracias
cada cabeça
trará fardada seriada
cada caso de canalha,
um canudo de papel.
-Pequeno Pássaro que voava de ponta-cabeça-
Sábio Savério
sabia assoviar
eu queria ser
um sabiá
pra cagar
na minha cabeça
assim você saberia
que sei assobiar.
-O jogo vai continuar-
Perdemos um professor.
Talvez a única derrota,
deste mestre-doutor.
Hoje abri as folhas do jornal,
e da janela, via uma pipa amarela.
O Sol empinava sua manhã...
Via crianças correndo no quintal,
cães sonsos corriam atrás dela,
a bola, quase redonda, pingava vã...
Os cachorros vira-latas,
alheios ao acontecido,
circulavam a pelada,
quase que tímidos.
A própria bola estava triste
mas perdendo um mestre insiste
em rolar pela argila.
E as crianças que jogavam
reacendiam essa chama
suando sobre o barro,
adeus, Tele-Santana...
-Poema pra vender sorte-
Tragam o eu-lírico,
tragam suas bandas,
tragam uma birita.
Dou poesia, pra vender, Sorte.
Trago de mulher bonita,
sumo de fruta cítrica,
água chovida do Norte:
Só uma pitadinha,
bandos e bardos, às pampa!
-Ou sim-
Musa ou Mia?
Deusa ou Humana?
Gata ou Linda?
Sagrada ou Profana?
Essa mesma moça
chamada Juliana. . .
Em verdade eu minto,
uma lorota boba,
se eu disser o bem sabido:
só gosto dela por ser bahiana.
Se julgando já saber,
é justo que se jure
a Ju prova por A + B
que se faz poema junto.
Não digo fazer jus
a tantas Jus por esse mundo
Poetrizes ou cheias de graça
Imperatrizes ou que tomam a praça
com fogo *Jumana ou ajuizadas...
Ou sim,
Seria a mais louca
das sinceras coisas tontas
despreocupadamente sérias,
sentir-se que se ama:
Só simples decorrência direta,
desse quê de chama, chamo de Juliana.
-Pra quem tava crente que o malandro virou pastor-
Será,
um malandro que desliza,
as pontas dos pés;
Agora pita, matutando,
com ovelhas míticas,
do bendito José?
Négo, subiu pra longe
das velhas virgens
ou arca de Noé...
Não que não seja matuto,
batuta, firma, Bezerra da Silva!
Subiu a fumaça dos barracos,
dobrou a esquina
do próprio espaço.
Apruma, noutra curva
o riso ancião baladeiro
agora noutro Tempo.
O levantar do Sol
será a ponta
do seu braseiro.
E as nuvens,
soam vibrâncias lindas,
é samba do morro,
foi Bezerra Silva.
Vai, sambista...!
Dança no horizonte,
pra cima das lajes,
pra depois dos montes.
Nem a deuses, tampouco aos heróis
Os verdadeiros heróis são invisíveis
não compartilham a glória dos deuses
pois vivem no mundo sensível
e com a pena com que escrevem
retratam demasiadas vezes
acerca da dor que o algoz fere.
Seus pequenos feitos são irrisórios
no entanto, untam-se com óleo
talvez algo a ver com escorrer
as lágrimas depois de seus olhos.
Verdadeiros heróis,
já são feitos de fogo.
Seus pequenos atos
são patéticos
suas cartas
são românticas
Em verdade
vivem na realidade
vorazmente semânticos.
Às vezes surtam de pânico.
-Nem aos Deuses II-
Por heróis não existirem de fato
o homem criou subterfúgios
para se aventurar pelo mundo...
Com mitos de grandes triunfos
palpitam banquetes de símbolos
e lambuzam homens reais natos
com guizos de misticismo
-Tampouco aos Heróis III-
Heróis de verdade são escurraçados
sacrificam-se no emaranhado dos fatos
esmagam-se por entre engrenagens,
sonhando com parafusetas de engenhos,
e pensando nos casos mais práticos,
muitos estudam e trabalham, ralam.
Heróis normais estão em livros
em revistas, em jornais,
na prateleira de sua memória
e povoando canções e estórias.
Heróis, assim que se definam
ganham uma taça de glória
uma caneta e um atestado
para que nunca mais existam.
Do épico
tornam-se filhos bastardos
e para criticá-los
basta o empirismo.
A Balsa 3
Três tigres
Transmitem
Truncadamente
Tinas d'entropia
Trema? "Não! cedilha!!!"
"Cedilha!?" "cedeu-lhe."
"Nunca havia utilizado
antes uma colcheia?"
Poetas sempre são cheios
de apoteoses cênicas
"Que se usem apóstrofes,
que regozijem e homenageiem!"
Meta à linguagem
e meta pra fóra,
pra lá qualquer bobagem.
As caravelas partem
"Sê marujos?" "Que nadem."
AUTO-COMBUSTOSE
`Fritose'! Frutose?
Latinha de Frutose?
Frutinha? La', tinha.
Latinha.
A Kraft-art
e'handcraft
nao e'pop-art
mas craftilizar, pode.
e popularizar, more
Mandem a brasa
Se minha art nao fosse arte
nao seria coisa que eu rasgasse
meu artesanato e'industrializavel
pulsando pelas fibras ou analogico
nesse mundo de doidos maquia'veis
quando nada mais e'tao logico
e onde se pede, pra fazer algo logo
Ja que nada e'mesmo novo
debaixo desse mesmo Sol de fogo.
O BEZERRO DE OURO É UM CORDEIRO DA SILVA
Quem canta pra engana'
nao pode meu povo guia'
se perde no descaminho
nosso cavalo-marinho
Ah, se eu fizesse descer
da mais alta porteira
a dama verdadeira
Que vinha me dizer?
Eu posso tecer
uma manta amarela
pra cobrir onde as aguas
sao o vestido dela.
Tomariamos na caneca,
a fruta da vinha;
em vias de fato,
eu descartaria,
por via das duvidas,
copos de plastico.
Linda coroa,
eu faria de perolas
pra que envolva as matas
e verdes restassem elas
Se eu quisesse descer
e fazer aparecida
a luz que alumia
era so'por medo
e querer defender
a minha.
Quem sabe um dia, o berro
valha mais que o silencio dourado
o bezerro fica velho, diz obrigado,
gado. -[ agradecimentos ao Dep. de Historia ]
E fazer o povo de cordeiro,
o leviata desistiria?
E olha que eu nem pedi ajuda
ao Luiz Inacio da Silva.
O Palácio do Oceano
Quero mergulhar de snorkel
Quero mergulhar de snorkel
Roubaram a ideia dos japoneses
e construiram o castelo Atlantico
Quero ser Pacifico
Quero ser Pacifico
O futuro, indico:
A misturacao nao podera'
mais ser condenada
e `a condenagem so' aceitarei,
quando a Biblia
virar uma Gramatica.
Os peixes farao rapel
Quero mergulhar de snorkel
_O Canivete Bahiano_
Ju, se fosse fada,
seria safada.
Se tivesse nada,
ja estaria abonada.
Frente ao Não,
ele fica anão.
Mas ganhando um Sim,
sucede um "Como assim?"
Se sonhas com valsas,
ela samba de madrugada!
E dizendo;
Que em tua pele clara
meus sonhos se esgotarão:
Vai me olhar, dando risada,
"Só isso quer de mim, então?"
Por ela se zela
enquanto ser independente
me chamega essa coragem
pra não dizer, polivalente.
E quem nao enxerga
seu quê de donzela
se perde numa miragem,
infelizmente.
Quando me perco
de teus lábios
busco a bússola
busco o astrolábio.
Posso pensar
o que pode ser
Para poder
problematizar
mas para cada
ponto do plano
surge um novo
possível engano.
Pra palavra certa
seguir a linha reta
me apontam setas
às curvas dela
Pois a cada lírica
imagem mítica,
mesmo com rimas,
faltariam sílabas;
posto ser mais,
que tudo isso, ainda.
Cordel da Ruptura
Se não se enxerga
o que se vê
Se pra escutar
já não se ouve
quando se quer
é enxergar
o que se toque
quando se quer
aprender a ouvir
o que se cheira
e a dizer
com o que se enxerga
nessa hecatombe
mundana multi-home
multi-mídia multi-theater
mundi-mapa mão-de-vaca
mal-dos-anos mal-de-ontem
mal-dos-séculos mais-queria
ver a valia é dos Homens.
CAPETALISMO SUSTENTÁVEL I
Perguntei ao Capeta
Se moédas pegam fogo
derretendo no inferno
ajuntada as papeleira
carbonizando: papel-carbono...
Ele disse que madeira
no inverno, por respeito
se conserva o direito
de não se chamuscar.
Já que a carpintaria
tem valia pra prezar,
pois até ao fundo do poço
diz que decora o desgosto
dos aposento de lá...
Diz ter o mió carpinteiro
só pra Deus poder provocar...
Que no inferno, papel queima
carne bole revolve à morte
a palavra resolve a morte
mesmo sem escrivinhá
O diabo se veste de santo
o diabo se veste de homem
e as palavra existe
memo se ninguém falá...
Entuxei no capeta
um chumaço de palavras
descobri que o diabo
um chamusco veio retrucá.
E o final dessa história
é um galo e o Sol a cantar...
COMIGO FALE NÃO – FUTEBOL CLUBE
SIM SOU CULPADA DE TUDO
E NÃO, NÃO PÁRAREI PARA PENSAR
SEI EXATAMENTE DE TUDO
QUE SOU CULPADA
E ESTOU OCUPADA DEMAIS PARA PESAR
Numa nação inventada,
sou mulher realista!
Sou culpada da desgraça
e falta de cidadania
de querer viver a farsa
de amar você um dia
Se duvidas tanto
da verdade das homilias
ou má-fortuna que trazem
tosquíssimas poesias
te desenho na cidade
até mesmo sem tinta
e verá que a realidade
só é feita por quem a pratica.
NÃO NEGOCIO COM TERRORISTAS
essas criminosas delinquentes
culpadas de beleza dolosa
verdadeiros crimes
contra a população e a prosa.
Me obriga a fazer poesia.
Me mostra que não tenho proeza.
E resta aqui uma proesia.
-COPO DE CAFÉ COM LEITE-
Deixe que toda a Natureza
Olhe para sua boniteza
Revelada francamente
Em seu espelho de princesa
Mas
Imagine-se Rainha;
Já que esta cidade aqui
sente falta de você, Norrany.
Neve, pela primeira vez
olha só, não esqueci:
vi dançando lá em cima
ou será impressão minha?
Café-com-Leite,
olha francamente
não há bebida mais simples
para dizer que o coração
não mente
Se a sala em que estamos
diminui para nos aproximar
querendo o próprio espaço
adiantar o tempo pro rapaz
o relógio vai andar
a cidade vai crescer
as pessoas vão amando
e não esquecerei você.
Café-com-Leite,
digo francamente
não há bebida mais simples
veja que meu olhar não mente.
-Nhá Ilha-
Além do cansaço
do embaraço
e do bobo pudor
um menino monta
seu castelo de papelão
Além do repúdio
do surdo lúdico
e do surto
uma menina desenha
seus estandartes no chão
E nada além do frio
Nada, nada mais Mar
E nada será vazio
Hoje memórias criam asas.
PROBIDO ESTACIONAR
Este estabelecimento
não se preocupa
com seu intento
nem com as bugigangas
e apetrechos
nesta caranga
amontoadas dentro.
Não se responsabiliza
nem se compadece
acerca de danos
ou stresse.
O preço é único
Levasse as chaves
e o que quisesse.
(em caso de:
roubo, furto)
Se humano?
Sem o conforto
insuportável
das máquinas.
Sem o desgosto
irrecusável
do coração partido.
E o fosso
ainda inseparável
de seu fundo.
Se humano.
Este abismo antigo
dividindo sonhos de futuro.
Sem o desgosto
irrecusável
das máquinas
Sem o conforto
insuportável
do coração partido.
Sê humano.
FFLCH
Adentro
e assento lento
ou correndo
do ponteiro tento
flechadas
de -ismos e -çãos
rasante
por entre a cabeleira
(somos muito pouco sãos)
Hoje fica mesmo difícil
é discernir os arqueiros.
Bola de Ferro
Eu vou te dar um presente
para atar-lhe a serenidade
em volta do teu tornozelo
que meça metade da cidade
aconselho para a corrente.
Eu vou fazer você livre
de teus vôos sem devir
Eu vou te dar o dever
de ser logo feliz
Eu vou te dar uma serpente
para que aprenda a mentir
enfim, como gente.
Vamos ajudar os delinquentes:
O que por fora é tijolo
por dentro não passa de semente.
LETRA B
A vã miragem
e o espelho
a civilização
e seu luzeiro
o progresso
e o desgrenho
da cabeleira
de uma morena
em desespero
enquanto libertamos
os céus, com foguetes
perde-se a luta
da dona-de-casa
pelo leite.
Que Brecha.
Pirâmide construída por Reis
Quero erguer uma pirâmide
meus trabalhadores serão todos Reis
meu monumento será a bola da vez
quem sabe sai uma foto nos States
Se meus Reis ficarem cansados
são as coroas dando conta do recado
pedirei encarecidamente
que removam seus elmos iluminados.
E então o calor urge
e os mantos com que cumprem
o esconder de suas vergonhas
cairão como na lona
antes, claro, que o sol se ponha.
Meus Reis, a maioria brancos
após dias de labuta grande
terão que se contentar
com a poeira que lhes cobre o semblante.
Mais parece um conto sem engenho
o que aqui se pincela,
nada mais que balela,
nem com o maior do empenho,
ou pela mais linda donzela!
O que importa deste poema
é justamente o lema:
que reis nunca construirão suas pirâmides.
Ex-passo Sideral
O tempo e o espaço
tempo e o espaço
tem por debaixo
do tempo e do espaço
passa o tempo
passa o espaço
passarão
passarinho
pássaro de aço.
*Espelho da Prosperidade*
ELA OLHOU PARA O UMBIGO
"DEUS, FILHA, É UBÍQUO."
ELA OLHOU PARA O ESPELHO
"SEREI A VELHA DO RESTELO."
ENTÃO,
ABRINDO OLHOS PARA O LIMBO
A ETERNIDADE ERA "BICO"
TUDO FÁCIL, TÁCTIL, TUDO ISSO
E LEMBROU-SE QUE NA MESMA CRIANÇA
QUE DESEJA SER GRANDE
HÁ VONTADE IMENSA
DE PERMANECER INFANTE
AFINAL, EM INSTANTES
TUDO SE DESEJA
E SE O CORAÇÃO BATE
SÃO PELAS LEMBRANÇAS
COM CERTEZA.
_Poema sem Pobrema_
A tal Arícia,
quando se aparece
com sua belezura;
dizerei em sete
Ocê faz carícias
pra paisagem da rua
ocorre que me aricia
os olhos e uma Lua
a que em torno do peito
orbita e carrego tua
Mas não tem pobrema
nenhum neste poema
ariciamento, eu dissesse
mas falando em defesa sua.
Nas esquinas deste poema
te dou a rua, a lua, sua.
Acalma, dor de onça
Dizem pelas banda
inte' por forasteiro
ecoando por aterros
sussurrando `a esmo
pelos que moram por la'
que no rancho
do compadre
muitas feras vao briga'
e a dor das felina
so' com poesia
pra se acalmar
a palavra no lugar
Acalmador de onça
Acalma, dor de onça
ele quis cantar
a seta do diabo
atingindo
as fera braba
raspou-lhes palavras
compadre nao teve como escapar
Acalmador de onça
Acalma, dor de onça
ele quis cantar
Hoje ele anda aleijado
inda toca essa canção
Acalmador de onça
com fera num se brinca não.
π (Pi)
---
Tua flor de fobia
fruto dessa dimensão
são pétalas envenenadas
sintetizando escuridão
Thank you for all
os tanques e o futebol
tuas medalhas de prata
revelar-se-ão, miragem
e a tal defendida pátria
naufraga na outra margem
Mas mió cardio
Que o edema
Que fizeram
em Iracema
Adeus, geriátrica farda,
Leve contigo um pouco
de veias arreganhadas:
de tristeza metálica,
de hematoma,pleura, neura,
Eu acuso o Cel. Mostarda!
Rubra Flor Diferente
Lhe deixou
uma camiseta do Flamengo
e um bilhete
que a Li leu
no busão
Tubos de Luz
Fluoresce na cachola
de um artista;
Floresce a cria,
em resposta
à dor da vida.
Fosforescem caixas
ao alcance da vista
e luzes baixas
vindas de fachadas mistas
bruxuelantes como o azul do fogo,
devorando nossos nervos pensistas
Tubos de luz acesos
para manter o coração morno
e eu não te vejo
apesar de querer te ver
apenas mais um peito
preso dentro da T.V.
Panis Mecânica
Ó
Só:
Aconteceu na Ilha da Fantasia,
durante a Industrial Revolução.
Panes seríssimos na máquina;
de fazer máquina;
de fazer pão;
Para o fuso:
relógio
Pára a fome:
ódio
Parafuso
furando
pão
Patrão, patrão,
é o avião!
Valentines
Sorry;
We are out of minesweepers
since last holiday
and I forgot my sneakers
in a previous story
The piper said that freedom
is a great habit indeed
So I went to search it
on the dictionary
None could dictate to me
so reliably about liberty;
Now, stop acting funny
Remember Ranch of the Palmito?
́cause surely this is it;
Let ́s smile like a potatoe.
CAPETALISMO SUSTENTÁVEL II
um tanto pranto
quando modernas maravilhas
desencantam
o veículo não funciona
a vacina não imuniza
o vinil desafina
instante brando
e nas pedras descarrilha
vagão por vagão
deste progresso estranho
nada mais que vão
vai a palavra, desimportando
e a vida rodeada por máquinas
as flores quando o sol se põe
ganham uma tristeza metálica
quero um foguete
que traga meu amor de volta
e mísseis que reflorestem
nossa oca
chuva amena
e talvez, menos tornados
gostaria que as palavras|
pudessem mudar os fatos
o Universo perdeu a paciência
muito antes da tal vitória da Ciência
CAPETALISMO SUSTENTÁVEL III
Quando, há muito
já deveria ter pedido clemência
você me vem com esse papo
de uma nova consciência
agora o Mundo
já virou um trapo
e acho mesmo um sarro
teu tal destrutivismo sustentável
que antiga novidade
designada pra alarde
veja só, a giga corporação
me diz ter mó coração!
Ah, ânsia de vômito
mergulhado na pauluição
seria até cômico
não fosse trágico refrão
a petroquímica
ficou lírica!
o banco virou santo
devastadores do mundo, uni-vos
dizendo "somos anjos"
mas pra essa toada cínica
responde a terra
mais do que sísmica
A Carta na manga não é fruta
FUI ESCREVER UM POEMA DE AMOR
MAS NÃO TENHO PRA QUEM DAR
FALTA-SE PESSOA, 'A RIGOR
JOGUEI AS RIMAS AO MAR
ME ARREPENDI
(PORDERIA TER GUARDADO)
E DIZER QUE ME APAIXONEI POR TI
(JÁ NO PASSADO)
PERDI UM ÁS NA MANGA
MAS BEM DESCARTADO
AGORA IEMANJÁ CANTA
MEU PRESSÁGIO
JAZ EMBARCADO EM SUA DIREÇÃO
ESSE ADÁGIO
VÃO
Emolation
TE PROCUREI
NA ESQUINA
NA QUITANDA
E NA VILA
NÃO ENCONTREI
AGORA VOU CHORAR
MEU PAI ME DISSE
NÃO SEJA EMO NÃO
SÃO TODAS COISAS
DO CORAÇÃO
CATHOLIC BOY
Opa, eba
que legal, que legal
opa, eba
que legal, que legal
Ele é bacana
Ele é um amor
Interessante
um bom ator
Conversa 'a pampa
por altas horas
sabe beber
em todas rodas
gosta de samba
gosta de ler
ele é melhor
que em casa ver TV
Mas no entanto
há um porém
sexo só pra fazer neném
sexo só pra fazer neném
A Intrépida viagem de Agnes II
Ouvi bater atrás da porta
Eu vi pela fresta da fechadura
meu medo, minha ferradura
parte d'alma torta
o que me ancora roto
e que me esfola o rosto
aquilo que não é certo
mas que é Direito
o que se é deveras
mas não serão deveres
o que é Estado
sem ser nem estar
este obstáculo
ao simples verbo amar
sinto mera sina
em conformar, conformar, conformar.